Mato Grosso registrou incremento de 54,1% nas exportações de janeiro e novembro deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2007.

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O percentual se refere ao volume financeiro gerado com as vendas externas, que somou US$ 7,309 bilhões em 2008 ante os US$ 4,741 bilhões do ano anterior. O montante verificado nos 11 meses deste ano também já supera em 42,4% o valor registrado durante todo o ano de 2007, quando foram contabilizados US$ 5,130 bilhões em embarques.
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Apesar do saldo positivo no acumulado do ano, o volume exportado em novembro, que totalizou US$ 515,934 milhões, foi 21,9% menor que o registrado em outubro, quando somou US$ 661,181 milhões. Já na comparação com o décimo primeiro mês de 2007, houve incremento de 13,5% este ano. Este foi o segundo vez consecutiva este ano que as exportações de Mato Grosso registram queda na variação mensal. Em setembro foram exportados US$ 712,161 bilhões.

As importações também cresceram nos 11 meses deste ano.
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De janeiro a novembro e 2007 foram comprados de outros US$ 674,3 milhões em produtos e no mesmo período deste ano o valor saltou para US$ 1,235 bilhão, expansão de 83,2% de um ano para outro.

Para o economista, especialista em Comércio Exterior, Vitor Galesso, se não fosse a crise financeira internacional, as vendas externas mato-grossenses fechariam o ano 60% maiores que as do ano passado.

Já para os resultados obtidos no último trimestre do ano, o economista explica que neste período os contratos para embarque das mercadorias são adiados por causa do período chuvoso, que dificulta o procedimento da exportação nos portos.
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“Se não fosse a crise financeira e as tragédias em Santa Catarina, onde o Porto de Itajaí é muito importante para o país, o desempenho de Mato Grosso seria melhor este ano”.

Os dados sobre a balança comercial mato-grossense são do Ministério do Desenvolvimento e do Comércio Exterior (MDIC) e ainda mostram a soja como principal produto (em volume e valor financeiro) da pauta de exportações do Estado. Somente em grãos, o valor das vendas externas somou US$ 3,6 bilhões, o que equivale a 49,25% do volume total.

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Bagaços e outros resíduos sólidos da extração do óleo do grão geraram uma negociação de US$ 1,155 bilhão, o que corresponde 15,8% do bolo.
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As vendas de milho resultaram US$ 422,985 milhões.

Apesar do bom desempenho, o economista alerta para os reflexos da crise no ano que vem, pois se a situação do acesso ao crédito não se resolver, os contratos de venda externa vão reduzir, o que refletirá principalmente na agricultura, provocando um efeito cascata nas demais atividades econômicas.

Fonte: Estadão