O chamado papel sintético é resultado de um estudo que durou seis anos, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos, no interior de São Paulo. A folha de papel tem o plástico como matéria-prima ao invés da celulose.

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A fabricação consome menos água e menos energia do que a do papel tradicional.

Praticamente qualquer embalagem plástica jogada no lixo pode ser aproveitada.

Depois de triturado e misturado a uma série de substâncias, o plástico vai para uma máquina onde é submetido a altas temperaturas.
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Depois de derretido, é resfriado e novamente picotado.
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O processo termina em outro equipamento, que funde os grãos para produzir o papel sintético. De acordo com o pesquisador Cristiano de Santi, o papel é mais resistente aos raios ultravioletas, à ação do tempo, além de ter aplicação onde a durabilidade do papel tradicional é limitada.

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A idéia já foi testada em larga escala e patenteada. O papel pode ser usado, segundo os criadores, em livros, etiquetas, manuais e rótulos.

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Os pesquisadores aguardam o interesse da indústria para que a novidade chegue ao consumidor. Mas uma pequena amostra foi levada a uma papelaria.

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“É bom para escrever, acho que vale a pena”, diz uma pessoa que testou a novidade.

Oitocentos e cinquenta quilos de plástico reciclado são necessários para produzir uma tonelada de papel sintético. E, segundo os pesquisadores, a cada tonelada produzida, 30 árvores deixam de ser cortadas. Os estudos revelam que, se fosse aplicada em sala de aula, a novidade poderia aumentar a vida útil de livros e de cadernos.

Fonte: Estadão