Hotelaria atrai US$ 5,5 bi e gera quase 7 mil empregos na Bahia
Na avaliação do economista especialista em turismo e professor da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Tadeu Bello dos Santos, há possibilidade de retração destes investimentos.
“Muitos investidores perderam muito do que tinham aplicado em bolsas depois da crise econômica internacional, especialmente os investidores espanhóis e portugueses. Com estas mudanças no cenário internacional, muitas empresas precisarão rever prioridades, o que pode comprometer os investimentos na Bahia”.
Exemplo disso é um dos maiores destaques em investimento estrangeiro no Brasil, a unidade baiana do hotel Hilton, investimento estimado em US$ 25 milhões. A previsão da Secretaria de Turismo era de início das obras nesta semana. Mas o grupo Imocom, responsável pelo empreendimento, não confirma quando começarão os trabalhos nem se o valor do investimento será mantido. O grupo informou que foram feitas alterações do projeto e no valor total do investimento.
Hoje, o turismo baiano gera cerca de 172 mil empregos diretos e a estimativa do setor é de que aproximadamente 400 mil pessoas estejam vinculadas indiretamente com o mercado.
“Somente nos últimos dois anos, sete empreendimentos foram ampliados e inaugurados na Bahia, o que representou investimentos de aproximadamente R$ 150 milhões”, informa o secretário de turismo, Domingos Leonelli. Segundo ele, só a segunda etapa do complexo Iberostar, na Praia do Forte, representou um investimento de quase R$ 100 milhões.
Ainda há, na Linha Verde, um projeto do Grupo Prima Empreendimentos.
De acordo com informações do mercado, o projeto estaria na fase de licenciamento ambiental. Apesar da instabilidade econômica, os empreendedores do ramo trabalham com horizonte de longo prazo, com a perspectiva de que a economia volte a crescer nos próximos anos, mas ainda há poucos sinais de recuperação.
Apesar do cenário de retração, a perspectiva é que os investimentos previstos para os próximos oito anos sejam realizados, avalia o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira na Bahia (ABIH-Ba), Ernanni Petinatti. “Da lista de investimentos previstos há diversos que estão em andamento”, afirma.
Costa do Dendê – Dos empreendimentos previstos, a grande maioria está voltada para as costas do Dendê e do Descobrimento, nos municípios de Ilhéus e Belmonte. “Estão previstos grandes resorts, três equipados com campos de golfe”, informou Andréa Brandão, assessora técnica da Superintendência de Investimentos da Secretaria de Turismo do Estado.
Entre Ilhéus e Itacaré, porém, a tendência é de instalação de hotéis menores, de altíssimo padrão, e com atendimento personalizado. Grande parte dos empreendimentos, segundo a técnica, está em fase de licenciamento.
Para o professor Tadeu Bello, do ponto de vista técnico, estes podem ser os mais atingidos. “É claro que a viabilidade do negócio deve ser avaliada pelo empreendedor, mas nos lugares onde há menor infraestrutura o retorno do capital aplicado é menor”, diz o professor.
Apesar de todo o potencial turístico do Estado, o litoral continua sendo o principal alvo dos investidores na Bahia.
Dos novos empreendimentos previstos apenas um, o Reserva Lençóis, é fora da faixa litorânea.
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Ele representa um investimento deUS$ 23,5 milhões e deve gerar cerca de 450 novos empregos na Chapada. Em Salvador, estão previstos pelo menos mais cinco empreendimentos hoteleiros, três deles, como o Ibis, entre a Tancredo Neves e o Centro de Convenções, representa um investimento estimado em US$ 167 milhões. Exemplo destes novos empreendimentos, só que em outra região, é o hotel-boutique que a Prima Empreendimentos pretende instalar na Praça Castro Alves.
Fonte: Estadão