A empresa dará início nas próximas semanas a um plano de estudos para a expansão de seu terminal marítimo de Cubatão, com ênfase na movimentação não só de carga, própria, mas também de terceiros.
“Nossa avaliação é de que a indústria nacional já começa a dar sinais de recuperação, como é ocaso do setor automotivo. Acreditamos que a economia, aos poucos, retome seu ritmo”, diz o diretor de Logística da Usiminas, Paulo Fraga. A expectativa da empresa é de que os estudos de engenharia sejam finalizados ainda este ano e a expansão do terminal esteja concluída em até quatro anos. “Temos de estar prontos para quando as economias voltarem a crescer.”
Fraga calcula que somente com a compra de equipamentos, construção de novos píeres e novas áreas para estocagem, a Usiminas desembolse de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. O montante não inclui, porém, a realização de obras na parte marítima do terminal, nem desembolsos na área ambiental.
Além da expectativa futura de retomada da economia, o grupo acredita que, mesmo atravessando uma crise, há demanda reprimida de carga em alguns segmentos.
“Já há demanda reprimida de 20 milhões de toneladas de minério de ferro e de 1 milhão de toneladas de coque de petróleo”, diz Fraga.
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Atualmente, o movimento anual no porto é de 12 milhões de toneladas de produtos.
Os planos de expansão para o Terminal Marítimo de Cubatão, que foi inaugurado há 40 anos, contrasta com a realidade vivida no parque produtivo da siderúrgica. Com a crise, o grupo se viu obrigado a abafar, em dezembro, o primeiro alto-forno, e hoje ainda mantém três de seus cinco altos-fornos desligados.
Uma ação já em curso no Terminal Marítimo de Cubatão é a dragagem , que permitirá aprofundar o Canal de Piaçaguera para 12 metros.
A previsão é que este trabalho – um investimento de R$ 63 milhões – seja concluído até o final de 2010. A meta da Usiminas é de que, com as obras de expansão, esta profundidade atinja 15 metros, permitindo a circulação de navios ainda maiores.
A Usiminas também está investindo em um terminal de minério de ferro no Porto de Itaguaí. A área foi arrematada em leilão pela empresa em meados do ano passado, por R$ 72 milhões, e receberá outros R$ 40 milhões somente com recuperação ambiental.
O terreno, que abrigou por anos resíduos químicos da Ingá Mercantil, ainda passa por um processo de descontaminação.
A capacidade inicial de embarque do porto será de 25 milhões de toneladas por ano.
Fonte: Estadão
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