Em qual tipo e tamanho de projeto de conservação da biodiversidade uma fábrica de papel, com 1,5 mil funcionários e situada no interior de Minas Gerais, deve investir para compensar seu impacto ambiental? Em um projeto audacioso, a Certificação LIFE, lançada na sexta-feira (17) em Curitiba, pretende responder a este tipo de pergunta, avaliando, qualificando e agregando valor a empresas que desenvolvem ações de conservação.
As empresas são analisadas em três etapas. A primeira é de reconhecimento das ações que já desenvolvem com relação ao cumprimento legal e se possuem outras certificações, como o ISO 14001.
Na segunda, é feita uma avaliação da gestão ambiental para verificar a evolução da empresa com relação a políticas externas de conservação que vão além do que é exigido por lei. Na última fase, são apresentadas propostas de ações extras em prol da biodiversidade, com base no estudo feito para os cinco biomas brasileiros, que cruza informações dos impactos causados por diferentes setores empresariais e por empresas de portes diferenciados.
A perda da biodiversidade representa uma diminuição de 7% do produto bruto mundial ao ano, até 2050, segundo um estudo da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (CDB). A preservação de ecossistemas é essencial para garantir a prestação de serviços ambientais, como o seqüestro de carbono através da fotossíntese, a regulação das funções hídricas e a polinização.
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