Em relação ao terminal a revista conta que o prefeito José Baka Filho poederá trr apoio dos governos estadual e federal para sua implantação a tempo de aproveitar o fluxo de visitantes da copa de 2014. Leia trechos da reportagem:
O Terminal Turístico Paranaguá já foi tema de reuniões, em Brasília, com os ministros do Planejamento e do Turismo, Paulo Bernardo e Luiz Barretto, e com o secretário Nacional de Portos, Pedro Brito Nascimento.
O primeiro se comprometeu em levar o projeto ao presidente Lula e tentar sua viabilização através do PAC-Programa de Aceleração do Crescimento. O segundo acredita na possibilidade de o terminal fazer parte da infraestrutura prevista para receber a Copa do Mundo em 2014. E o terceiro disse que dará o apoio necessário para a realização da obra.
De acordo com o prefeito, a construção do terminal marítimo de passageiros está orçada em 35milhões de reais, aproximadamente.
Ele ficará situado próximo da atual área portuária, no Bairro Costeira, e com acesso, por viaduto, ao centro da cidade. Os reflexos de uma obra desse porte, no entanto, serão grandes para todo o Paraná. É só lembrar que os navios de cruzeiro transportam, em média, 3.000 turistas, um universo capaz de ser sensibilizado a desembarcar para conhecer os encantos do litoral, da capital e até das Cataratas do Iguaçu.
Turismo ferroviário
Além do escoamento da produção, o turismo será um dos setores mais beneficiados com a ligação ferroviária entre as cidades de Paranaguá, Curitiba e Foz do Iguaçu, de um extremo ao outro no Paraná, de acordo com o projeto da Ferroeste, anunciado na sexta-feira, 31, pelo presidente da Federação de Convention & Visitors Bureaux do Paraná, Sérgio Takao Sato. “O trem de passageiro será uma belíssima contribuição para o setor de turismo no Estado”.
O presidente da Ferroeste, Samuel Gomes, explicou que a extensão do trecho da empresa existente entre Cascavel e Guarapuava em direção a Foz do Iguaçu e ao Porto de Paranaguá vai reduzir os custos e aumentar a rapidez do transporte. “Com a redução do tempo de viagem, as novas linhas também poderão ser utilizadas para o turismo e o transporte regular de passageiros entre cidades de médio porte”,afirmou. O percurso entre Foz e Curitiba vai durar cerca de seis horas.
Para o diretor presidente da Paraná Turismo, Herculano Lisboa, o anúncio da expansão da Ferroeste até o Paraguai surge como uma ótima notícia. “A ferrovia é importante para integração da América do Sul e para o turismo será excelente, além de abrir novas oportunidades para todos os municípios cortados pelos trilhos”.
No Paraná, a Ferroeste participa do projeto Great Brazil Express, da Serra Verde Express, que recebe turistas estrangeiros para o percurso Curitiba-Morretes-Antonina, no litoral do Estado, e que, depois, pelas linhas da Ferroeste, viaja de Guarapuava a Cascavel. Na programação do trem, com paradas e deslocamentos intermediários de ônibus, os passageiros conhecem Vila Velha (Ponta Grossa), Cânion Quartelá (Tibagi) e as Cataratas do Iguaçu.
Segundo Adonai Aires de Arruda, da Serra Verde Express, caso seja viável a ligação entre o litoral do Estado e o Extremo Oeste, até 2014, será possível incrementar a Copa do Mundo que terá Curitiba como uma das subsedes e Foz do Iguaçu como destino básico.
“As novas linhas da Ferroeste”, de acordo com o presidente da empresa, Samuel Gomes, “podem ser de uso turístico tanto em pequenas viagens turístico-culturais, no interior, como para viagens a Foz do Iguaçu, Guaíra, Pantanal, Paraguai, Argentina e Chile” quando os novos ramais até Foz do Iguaçu, Paraguai e Mato Grosso do Sul estiverem prontos.
Em um exemplo de trabalho nesse sentido, a Ferroeste e a prefeitura da Lapa, região metropolitana de Curitiba, formalizaram a parte inicial de um termo de cooperação para identificar potencialidades do município no segmento de turismo. Com a nova e moderna ferrovia, a distância de trem de Curitiba à Lapa será de uma hora.
Ainda na área de trem de passageiro, a Ferroeste colabora, junto ao Governo Federal, CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e BNDES, no esforço para concretizar a implantação de trens de passageiros na ferrovia que liga Londrina a Maringá. Este trecho paranaense, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista de transporte de passageiros, é um dos mais atraentes de um estudo proposto pelo BNDES. Ao todo onze municípios da região seriam beneficiados.
A Ferroeste também participa do esforço para o trem de alta velocidade (TAV), o “trem bala”, entre São Paulo e Curitiba. “A atual situação de transporte de passageiros entre Curitiba e São Paulo é insustentável, através de aeroportos problemáticos e a terrível ‘Rodovia da Morte'” afirmou o presidente da empresa. O projeto apresentado no Congresso Mundial de Alta Velocidade Ferroviária, em Amsterdam, no mês de março de 2008, foi reconhecido pelos melhores técnicos do mundo como consistente e viável”, explicou.
Além dos mais de sete milhões de passageiros/ano, que circulam atualmente entre as cidades de São Paulo e Curitiba, haverá um acréscimo de cerca de três milhões de novos passageiros como resultado da demanda induzida do trem bala.
Fonte: Estadão
Compartilhar
Compartilhar essa página com seus contatos!