Presente nos dois principais projetos de papel e celulose em execução no País, a Serpal deve este desempenho à expertise que acumulou a partir do seu primeiro contrato no setor, em 1999, na Votocel, na época uma empresa do grupo Votorantim (VCP). De lá para cá, diversos contratos somaram-se ao seu portfólio, tendo participado de obras em três unidades da VCP – Jacareí, Luís Antônio e Piracicaba – , além de Veracel, Bucaye, Cenibra, Klabin, Bahia Pup e Suzano. Segundo o diretor-presidente Emílio Carlos Medauar, o segmento exige algumas características dos construtores que atuam na área, como equipes próprias e altamente qualificadas, treinamento e foco em planejamento e logística da obra. “Uma planta de celulose possui várias ilhas de trabalho, que apesar de diferenciadas entre si, dependem umas das outras”. São diversas construtoras em atuação, além de marcos simultâneos que precisam ser respeitados, pois interferem na área de montagem e nos demais setores da obra. “As obras civis neste tipo de planta representam 15% do total do sítio, mas delas dependem todo o sucesso da operação”. A empresa é responsável pelas obras civis de implantação da máquina de papel da Klabin (Projeto MA-1100), em Telêmaco Borba (PR), e está presente em duas obras no sítio da Suzano Papel e Celulose, em Mucuri (BA) – os edifícios do turbo gerador e da secagem. Agora acaba de conquistar o contrato para construção do edifício da secagem da planta da VCP em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Segundo Medauar, a construção industrial passou pelo boom dos empreendimentos automobilísticos, no início da década de 1990, depois vieram os empreendimentos na área farmacêutica e há cinco anos há um aquecimento da área de papel e celulose, com projetos previstos ainda para os próximos cinco anos. “Hoje o mercado está mais diversificado, com obras em diversos segmentos, sem uma grande concentração. Mas acreditamos no crescimento da siderurgia e da mineração – os setores ligados às commodities – que demandarão muitos investimentos ainda nos anos futuros”. (M.R.S)
Fonte: Estadão