Concluída a primeira etapa dos trabalhos,
a Repar já conta com recursos para garantir a conclusão das obras até 2012
Recentemente, quando esteve na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária-PR, participando da cerimônia de conclusão da primeira etapa das obras de ampliação e modernização daquela unidade, o presidente Lula da Silva ouviu do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabriell, a afirmação de que as obras estavam em bom estágio de desenvolvimento e que, a prosseguirem assim, elas estarão concluídas em 2012.
O empenho para o cumprimento do cronograma é compreensível. A Repar, que começou a ser construída em 1973 e foi inaugurada em maio de 1977, é a principal unidade do segmento petroquímico paranaense e a maior planta industrial da região Sul do País. Conta com investimentos da ordem de US$ 5,4 bilhões para concluir as obras previstas.
Os investimentos fazem parte da estratégia da companhia para manter-se competitiva no mercado internacional de derivados de petróleo e adequar-se às futuras fases da legislação ambiental. Os recursos estão sendo aplicados na construção de 19 novas unidades que vão produzir coque de petróleo, gasolina, diesel, gás de cozinha, propeno e hexano, e nos trabalhos para a melhoria da qualidade dos derivados produzidos.
O processo de modernização e ampliação foram iniciados em 2006. Já foram concluídas a unidade de produção de propeno, um centro integrado de controle e um centro de treinamento de combate a incêndio, além de unidades destinada a serviços auxiliares.
Planta pioneira
A unidade de Propeno, com capacidade de produção de 180 mil t/ano, é a primeira planta petroquímica do Paraná. O material é utilizado na produção do polipropileno, substância usada na indústria petroquímica para a produção de resinas aplicadas em peças de automóveis, utensílios plásticos, eletrônicos, remédios e produtos químicos. Para complementar a unidade, foram construídas cinco novas esferas-tanques, sendo três para armazenamento de propeno e duas para propano, além de uma estação de carregamento rodoviário para a expedição do produto.
A primeira etapa das obras incluiu a montagem de uma caldeira com capacidade para 180 t/h de vapor e duas subestações de energia elétrica, com níveis de tensão de 230 kV e 69 kV. O vapor é utilizado nas unidades de processo e na geração de energia elétrica. A nova caldeira garante maior confiabilidade operacional aos sistemas da refinaria.
A subestação de energia elétrica que opera com nível de tensão de 230 kV é alimentada em anel por duas linhas de transmissão da rede básica nacional, procedentes de duas subestações diferentes da rede de energia estadual. A unidade possui dois transformadores com capacidades de 50 MVA que reduzem a tensão para 69 kV. Essa subestação, primeira a operar dessa forma em uma refinaria da Petrobras, atende à demanda das atuais e futuras unidades de processo da Repar. A segunda subestação, que opera com nível de tensão em 69 kV, possui tecnologia avançada de isolamento a gás e é alimentada pelos dois transformadores da subestação de 230 kV. Este sistema apresenta alto nível de confiabilidade e promove maior robustez ao projeto de modernização da refinaria.
O novo centro integrado de controle (CIC) conta com sistema de automação industrial e visa a integrar e centralizar todas as operações e atividades de controle e monitoramento das unidades de processo, utilidades, transferência e estocagem da refinaria. As novas unidades, assim como as já existentes, serão controladas pelo CIC.
As instalações do centro de treinamento de combate a incêndio (CTCI) permitem o treinamento de novos operadores para ações específicas, como emergências em espaço confinado.
Investimento em capacitação
Além de investir nas obras referidas, a Repar disponibilizou recursos também para o novo centro de treinamento, a fim de aumentar a capacitação e qualificação da mão-de-obra. Com 2.280 m² de área construída, o espaço conta com auditório para 250 pessoas, salas de aulas teórica e prática, bibliotecas e laboratórios de informática.
Ele se destina a capacitar não apenas empregados da Repar, mas funcionários de outras unidades da Petrobras localizadas na região Sul. Além disso, o local deverá atender às indústrias da região, em parceria com órgãos municipais de Araucária, uni
versidades públicas e privadas e organizações não-governamentais.
Fonte: Estadão
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