Roberto Kauffmann*
Quando o Rio de Janeiro soube que seria uma das sedes da Copa do Mundo de 2014 e, posteriormente, ganhou o direito de sediar uma edição dos Jogos Olímpicos de 2016, o setor da construção civil entrou em prontidão. Não por apreensão ou preocupações, mas por ter consciência de que, a partir daquele momento, teríamos pela frente um grande volume de obras e, por conseguinte, um crescimento acentuado de construções, de fornecimento de materiais e de receitas de empresas. |
Em paralelo a isso, o setor, no Rio de Janeiro, através do Sinduscon-RJ e do Seconci-RJ, com seus muitos parceiros, investiu na formação e na capacitação de novos profissionais, uma vez que o mercado apresentava a tendência natural de reaquecimento. Não custa lembrar que a construção civil oferece salários atraentes e benefícios sociais que poucos segmentos disponibilizam para seus empregados.
Não são poucas as obras que se apresentam. Para a Copa, destaco a reforma do Maracanã, já em andamento e dentro de um cronograma que nos permitirá ter o estádio de volta até o final de 2012. Aguardamos, ansiosos, e esperançosos, pelas reformas e ampliações dos aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim, que também servirão para os Jogos Olímpicos, dois anos depois.
Por sinal, para a Olimpíada de 2016, além das instalações esportivas, o que desperta a atenção do nosso setor, mais significativo ainda para o imobiliário, são as vilas para os atletas, que serão construídas na Zona Oeste, no Recreio dos Bandeirantes, e as vilas para a mídia e para os árbitros, previstas para a Zona Portuária e que foram objeto de concurso de projetos concluído recentemente.
Só nesses dois últimos empreendimentos, serão cerca de 12 mil quartos em apartamentos, que serão vendidos para a população, da mesma forma que a vila dos atletas. Por fim, teremos várias intervenções para melhorar a mobilidade urbana. Estima-se um investimento superior a R$ 2 bilhões/ano, por cinco anos, com a geração de 100 mil empregos diretos, indiretos e induzidos.
*Roberto Kauffmann é presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ)
Fonte: Estadão
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