Há 15 anos o Brasil não recebia investimento de vulto na produção de papel. O projeto Klabin MA-1100, além de quebrar o jejum, representa um importante degrau na evolução tecnológica dessa área no País, ao implantar o processo Chemi-Thermo Mechanical Pulp, responsável pela produção de fibra de eucalipto de alto desempenho e de maior rigidez, em diagramaturas menores. A Klabin é grande exportadora de papéis e líder no mercado de papelcartão – material de alto valor agregado destinado a embalagens industriais como líquidos, frigorificados, caixas de papel, sacos industriais (cimentos). Segundo Francisco Razzoline, diretor do projeto, a demanda do produto tem sido puxada pelo crescimento mundial do consumo, associado à procura por materiais de menor impacto ao meio ambiente. O projeto inclui a duplicação do sistema de tratamento ambiental (filtros e precipitadores eletrostáticos), do sistema de tratamento e aproveitamento de água, além da produção de biomassa à base do próprio resíduo industrial (cascas e restos de árvores). “A geração de energia própria passará de 66% para 85%”, diz Razzoline. O diretor destaca a preocupação da Klabin em atender a todos os licenciamentos ambientais necessários – “não temos nenhuma pendência nesta área” – assim como oferecer amplo treinamento a fornecedores e operários da unidade pré-existente. “Foram 5.000 pessoas, além dos 1.500 operários do sítio, o que demandou um minucioso gerenciamento e controle da obra para garantir o cronograma e a segurança. E temos tido sucesso até agora”, finaliza.(M.R.S)
Fonte: Estadão