Deu na imprensa que o general Jorge Fraxe, atual diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), reconheceu o envolvimento demasiado dos batalhões de Engenharia do Exército em obras que poderiam estar nas mãos da iniciativa privada.

Essa constatação, vinda de quem tem uma vivência e uma visão ampla, sobretudo de obras de infraestrutura de transportes, possui uma razão de ser. A presença dos batalhões de engenharia do Exército em obras na BR-101 Nordeste, na transposição do rio São Francisco e em outras mais, que poderiam estar nas mãos das empresas privadas de engenharia, possivelmente os afaste daquelas regiões, onde eles são considerados da maior prioridade. 

Os batalhões do Exército são treinados, invariavelmente, para obras de emergência. Num piscar de olho constroem travessias ligando municípios ou abrem caminhos na selva e em outros locais também adversos. São instrumentos eficientes no processo de integração de populações que, sem eles, continuariam esquecidas em regiões remotas, nesse território continental.

O que os distinguem, no fundo, é isso: enquanto as empresas privadas são mobilizadas para cumprimento de contratos, eles são treinados para o cumprimento de missões.
 

Fonte: Nildo Carlos Oliveira