Estabelecido em 1886, o Grand Hotel Minas Wine & Spa passou por uma ampla reforma durante o último ano para se adequar ao conceito de hotel butique histórico, adicionando à sua estrutura um spa e uma cave.

Localizado na estância hidromineral de Pocinhos do Rio Verde, em Caldas, (MG), a 292 km de São Paulo e a 197 km do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), o hotel baseou-se no fato de a cidade de Caldas ser a segunda maior produtora de uvas do estado para transformar-se no primeiro e único empreendimento da região com a temática de uva e vinho. O hotel tem previsão de reabrir em dezembro, quando passa a oferecer novas experiências, adicionando bem-estar e enogastronomia à tradição histórica de bem receber seus hospedes e clientes.

Para realizar a reforma iniciada em setembro de 2011, os proprietários investiram cerca de R$ 4 milhões e contrataram o escritório de arquitetura de Sérgio de Oliveira, de São Paulo, responsável por vários projetos de arquitetura e retrofit para empreendimentos comerciais, residenciais e de hotelaria. A propriedade, que antes se chamava Grand Hotel Pocinhos do Rio Verde, está em um terreno de 70 mil m2 rodeado por uma bela paisagem de montanhas e campos na Serra da Mantiqueira. O hotel oferecerá spa, duas piscinas (uma aquecida e outra ao ar livre), sala de jogos, biblioteca, sala de lareira, lobby bar, dois restaurantes, um de cardápio com delícias da culinária mineira feitas em fogão a lenha e a Cave Madame Pelissier, implantada no antigo porão, trazendo em sua carta uma gastronomia contemporânea, podendo ser harmonizada com os vinhos de sua adega. Uma sala de eventos com capacidade para 150 pessoas completa a estrutura do empreendimento.

Para a reabertura, 54 apartamentos estarão funcionando e contarão com frigobar, aquecedor, cofre digital, acesso à internet Wireless cortesia e TV LCD a cabo, amenities especiais e charmosa ambientação.

O arquiteto explica que a inspiração para a remodelação veio do próprio hotel e do fato de ser, historicamente, a única construção que atravessou séculos sem nunca ter seu uso alterado, ou seja, sempre foi hospedaria desde sua construção, no século 19. Mas isso não limitou a modernização do empreendimento: a sustentabilidade também foi uma das preocupações do arquiteto. O hotel está equipado com energia solar e toda a informatização de última geração.

O desafio do especialista foi adotar uma nova concepção e resgatar o glamour sem que a construção perdesse suas características clássicas. Ele se baseou no conceito da Belle Époque e sua estética de elementos decorativos. Para isso, Sergio de Oliveira criou novos ambientes e utilizou materiais diversificados. “No Wine Spa utilizamos pastilhas de cores variadas dependendo do clima de cada sala, como massagens, tratamentos e banhos. No restaurante principal foram instalados lustres de cristal importados e na Cave as arandelas de alabastro espanhol dão um ar de requinte ao ambiente,” explica.

Entre os diferenciais, o arquiteto destaca a revitalização do pátio central. No paisagismo, foi criado um jardim central, elemento que norteou a setorização do projeto, inspirado nos jardins do século 17 e no Palácio de Versalhes, na França. Para o projeto de interiores, Sergio de Oliveira recorreu ao conceito estético que remete ao conforto e à intimidade. “É o conceito que une o bem-estar de um wine spa ao charme de um hotel-butique e o atendimento diferenciado aos clientes, que poderão estar na propriedade para desfrutar de um ambiente exclusivo e único em estadias breves ou longas,” complementa o arquiteto.

Arquiteto
Sergio de Oliveira tem seu escritório, desde 1976, em São Paulo, tendo executado projetos de arquitetura como edifícios de apartamentos, shopping centers, igrejas e capelas, indústrias, lojas, escolas, hotéis, restaurantes e residências. Atua também como palestrante sobre arquitetura, operação hoteleira, design de interiores e retrofit. É professor universitário, pós-graduado e Mestre em Arquitetura e Urbanismo, na especialidade Hotelaria, na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Grand Hotel Minas
Localizado em Pocinhos do Rio Verde, estância hidromineral de Caldas, cidade do sul de Minas Gerais, o hotel é considerado o mais antigo do Brasil ainda em operação, tendo iniciado suas atividades em 1886. Foi totalmente reformulado baseado no conceito de hotel boutique histórico e de bem-estar. Construído em uma área verde de 70 mil m2, conta com 54 charmosos apartamentos, spa com tratamentos vinoterápicos, destaque para a gastronomia e carta de vinhos disponíveis em dois restaurantes, lobby bar, biblioteca, sala de jogos e espaços para eventos sociais e corporativos.

Fonte: Padrão