Augusto Diniz
A Suzano Papel e Celulose promete pôr em operação no quarto trimestre deste ano sua nova unidade industrial em Imperatriz (MA). O avanço físico geral da obra tem mais de 85%. De acordo com a empresa, a construção civil alcançou 95% dos trabalhos; a montagem eletromecânica passa de 50%; e as obras de infraestrutura já estão praticamente concluídas.
Os projetos conceitual, básico e detalhado foram feitos pela Pöyry. As principais empresas construtoras envolvidas na construção do empreendimento são a Veolia, CentroProjekt, EKA, Construcap, Imetame, Metso e Siemens (estão duas últimas realizam a montagem eletromecânica). O investimento na planta é estimado em US$ 2,3 bilhões.
Atualmente, 12 mil pessoas trabalham na obra. A partir do início da operação, a unidade irá gerar 3,5 mil empregos diretos e 15 mil indiretos.
A nova unidade ocupará uma área total de 1,5 milhão de m², sendo 96 mil m² de área construída.
A unidade do Maranhão terá capacidade para produzir 1,5 milhão de t/ano de celulose a partir do eucalipto. A produção será destinada aos mercados europeu e norte-americano.
Sobre a questão logística de escoamento da produção a partir de Imperatriz, a Suzano informa que a logística inbound (tráfego de materiais à fábrica) será baseada em rodovias já existentes. A logística outbound (escoamento de produção) utilizará ferrovias locais, sem transbordo de carga, e a exportação acontecerá pelo Porto do Itaqui, em São Luís (MA). A distância ferroviária entre Imperatriz e a capital maranhense é de 630 km.
A Vale será responsável pela logística de escoamento da produção, entre os anos de 2014 e 2043, de acordo com o contrato assinado pelas empresas, utilizando as ferrovias Norte-Sul e Carajás. A Suzano construirá um ramal ferroviário de 28 km ligando a fábrica à ferrovia Norte-Sul. O custo deste projeto é de R$ 100 milhões.
O trecho da Norte-Sul até a ligação com Carajás tem 100 km. Segundo a Suzano, a logística permitirá um ganho de quatro dias no frete, caso ele fosse feito por rodovias.
A base florestal de eucalipto para atendimento de matéria-prima à nova planta será composta por aproximadamente 68% de plantios próprios, 32% de plantios de eucalipto do Programa Vale Florestar e de outros produtores locais na forma de parcerias. Serão necessários 154 mil ha plantados para atender a unidade industrial.
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