O contrato para a montagem da usina nuclear Angra 3 deverá ser assinado no final deste mês ou logo depois da realização da Copa do Mundo entre a Eletrobras e o novo consórcio formado pela fusão dos dois grupos que disputavam o empreendimento. As informações são do site Petronotícias. Ainda não há data certa, mas o presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, ouvido pelo site, aguardava o fim das negociações para a fusão dos dois consórcios concorrentes e o percentual de desconto que seria concedido à Eletronuclear.
O consórcio responsável pela montagem da usina agora é composto pela EBE, Techint, Queiroz Galvão, que inicialmente tinha ficado com os serviços associados aos sistemas nucleares, e a Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa e UTC Engenharia, que era responsável pelas obras dos sistemas convencionais. O desconto concedido ficou em 6%. Com o desconto de mais de R$ 163 milhões, o preço final ficou estabelecido em R$ 2,63 bilhões.
O prazo inicial para usina entrar em operação seria 2018, depois da decisão da mudança no projeto que passou de analógico para digital, aumentando ainda mais a sua segurança. Com mais o atraso para a assinatura do contrato de montagem, especialistas ouvidos pelo Petronotícias, acreditam que a operação será iniciada em 2019.
A usina nuclear Angra 3 fará parte da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA), em Angra dos Reis, e terá capacidade para gerar 1.405 MW. A Central Nuclear já conta com as usinas Angra 1, com potência de 640 MW, e Angra 2, de 1.350 MW, que somadas geram o equivalente a um terço do consumo de energia elétrica do estado do Rio de Janeiro e representam 3% da geração nacional. A primeira foi inaugurada em 1985 e a segunda, em 2001.
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