Os pesquisadores Alessandra Lorenzetti de Castro e Rafael Francisco Cardoso dos Santos, do Laboratório de Materiais de Construção Civil do Centro de Tecnologia de Obras de Infraestrutura do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, acabam de desenvolver um traço de referência para concreto autoadensável, utilizado em paredes moldadas in loco.
O trabalho dos pesquisadores teve em vista a obtenção de um material com três propriedades essenciais na dosagem correta: fluidez, habilidade (o concreto deve ter capacidade de escoar dentro da forma, passando pela armadura e preenchendo todos os espaços) e resistência à segregação (deve se manter coeso durante todo o processo).
O IPT informa que o material ali desenvolvido vai atender integralmente aos requisitos da NBR 15823-2010, que é específica para o concreto autoadensável em estado fresco. Alessandra Lorenzetti dá pormenores: “O traço de referência serve de base para a produção de concreto autoadensável destinado ao uso em paredes moldadas no local. Cada vez que forem modificados os fornecedores dos materiais constituintes, haverá necessidade de readequá-lo. E, para isso, já dispomos da base para iniciar a dosagem.”
Concreteiras e construtoras têm, portanto, a partir desse traço de referência, a oportunidade de contar com material dosado de acordo com as especificações e preferências de fornecedoras, o que vai resultar na ótima trabalhabilidade para aplicação no sistema construtivo das paredes moldadas no local. E, além disso, eles terão em mãos um produto com a durabilidade requerida por normas como a NBR 15575-2013.
O concreto autoadensável é diferente do concreto convencional em razão da maior quantidade de aditivos químicos, como os superplastificantes e os materiais finos, que são adicionados à mistura. O próximo passo do trabalho dos pesquisadores é o desenvolvimento de misturas de concreto autoadensável com alto teor de ar incorporado, também para uso nas paredes moldadas no local. (Nildo Carlos Oliveira)
Empresas podem ter material dosado de acordo com a preferência de fornecedoras
Fonte: Revista O Empreiteiro
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