A tecnologia BubbleDeck ganhou a última edição do Prêmio Destaque, na categoria Reutilização do Conhecimento, com o projeto de ampliação do edifício-garagem do Terminal de Passageiro 2 (TPS2) do Aeroporto do Galeão (RJ), que se encontra em obras em várias frentes por conta dos Jogos Olímpicos 2016.

A premiação é promovida pela Odebrecht, envolvendo seus projetos no Brasil e exterior. No caso do Galeão, a construtora lidera o consórcio construtor (a outra empresa que integra o consórcio é a MPE).

A ampliação do edifício-garagem representou acréscimo de quatro pisos na estrutura existente, criando mais 2.700 novas vagas. Foram 128 dias de execução, chegando a um total de 44.694 m² de área construída.

A construção do edifício garagem se deu por meio de adoção de lajes pré-fabricadas, com o uso da tecnologia BubbleDeck, que utiliza esferas de plástico no lugar do concreto que não desempenha função estrutural.

As esferas de polipropileno, com 36 cm de diâmetro, são inseridas de forma uniforme entre a armação de aço. Nesta obra, foram usadas mais de 180 mil esferas plásticas em cerca de 3.800 lajes pré-fabricadas.

As lajes pré-fabricadas são lançadas na estrutura e posteriormente finalizadas com armadura complementar para consolidação. O uso do método representa economia de custo e diminuição de prazo de implantação, com elementos 35% mais leves do que os convencionais.

No período desta obra, foi utilizado 107.008 HH, atingindo uma produtividade de 2,39 HH/m² e 349 m²/dia. De acordo com a empresa que detém a solução, inicialmente, devido a curva de aprendizado, obteve-se uma produção reduzida. No entanto, através da experiência adquirida com as atividades e da implementação de melhorias no processo e otimização de etapas e recursos, por meio do PEOG (Programa de Excelência Operacional do Galeão), alcançou-se a média de 6.384 m²/mês, atingindo no mês de maio de 2015 a máxima de 9.355 m².

Os ganhos obtidos com uso da tecnologia incluem menor custo e mais velocidade na execução (os primeiros projetos sem uso da tecnologia, devido aos grandes vãos entre pilares previa-se a utilização intensiva de peças usinadas, o que exigiria mais prazo e recursos); redução de serviços in loco e do efetivo; melhoria do sistema térmico e acústico, dentre outros itens.

Fonte: Redação OE