Novas construções vão gerar cerca de 360 empregos diretos e indiretos
A pior e mais recente crise da economia brasileira trouxe também mudanças profundas no setor da construção civil. O share (participação) de mercado mudou.
Algumas construtoras que dominavam mais o mercado nesse segmento recuaram nos lançamentos; outras cresceram, quem investiu demais não deu conta, ficou mais apertado no caixa, com empresas menores crescendo, maiores deixando de construir.
O minucioso relato é da diretora geral da construtora mineira RKM Engenharia, Adriana Bordalo, que se aprofundou ainda mais no retrato do setor: as vendas foram muito difíceis desde 2015, foram quatro anos com diminuição na velocidade de vendas, muito estoque, Belo Horizonte ficou com várias placas de “vende-se” e “aluga-se”.
Muitas construtoras ficaram muito estocadas (com apartamentos), e o estoque gera um custo grande para pagar condomínio e IPTU.
Por outro lado, a estratégia da RKM sempre foi a de fazer um prédio de cada vez.
“A gente não tinha uma grande escala, então foi mais fácil lidar com a crise, foi mais fácil ter caixa, conseguir financiamento bancário. Não foi fácil, mas a marca e a confiança dos clientes foram fundamentais. Além disso, a empresa não estava alavancada, não tinha dívidas e agora está com o pé no chão para dar esse passo maior na hora certa. A hora certa é agora”, acredita Adriana.
E bota confiança nisso. É que, ao longo de 26 anos de mercado, a RKM entregou sete empreendimentos, totalizando 255 unidades vendidas. O investimento durante esses anos foi de cerca de R$ 420 milhões e um Valor Geral de Vendas (VGV) em torno de R$ 791 milhões.
Desta vez, somente neste ano, a construtora planeja investir R$ 125 milhões com a expectativa de alcançar um resultado de R$ 304 milhões em vendas.
Se antes a RKM lançava um empreendimento de três em três anos, neste ano a construtora de imóveis de alto padrão está lançando quatro empreendimentos – três deles em Belo Horizonte, nos bairros Santo Agostinho, Funcionários e Savassi – e duas torres no Vale do Sereno, em Nova Lima.
Os lançamentos dos quatro empreendimentos vão demandar mais mão de obra. Adriana explica que a expectativa é gerar cerca de 360 empregos diretos e indiretos.
A RKM foi fundada pelo engenheiro Ricardo Alfeu com visão de construir ambientes de menos estresse e mais saúde, em harmonia com a natureza, sem destruir.
Faturamento
De 2018 para 2019, a RKM Engenharia registrou um crescimento de 20% no faturamento das unidades de vendas.
Sem divulgar o volume de faturamento, para 2020 a expectativa de crescimento em unidades de venda é de 80%, de acordo com a diretora geral da construtora, Adriana Bordalo.
Enquanto a construtora mineira contabiliza bons resultados financeiros, ela se ampara também em diferenciais como a conquista do selo Casa Saudável – o Health Builting Certificated, da Califórnia (EUA).
“No Brasil, a RKM foi a primeira a receber esse selo com o (edifício) Cadosh, em 2017. Depois, a construtora Caparaó também recebeu”, conta Adriana.
Além disso, a executiva explica que os projetos da construtora são baseados na sustentabilidade.
“Utilizamos todas as técnicas para preservar os recursos naturais com lâmpadas de LED, caixa acoplada com dual fluxo que gasta menos água no vaso, tanto aquecimento solar quanto energia fotovoltaica, irrigação automática no jardim, sensor de presença”, enumera.
Além disso, as edificações procuram ter ambientes com janelas maiores que proporcionam maior iluminação utilizando menos energia elétrica e estudo dos ventos para saber a melhor ventilação.
“No paisagismo, usamos plantas típicas da região, que são mais resistentes ao clima”, explica a executiva.
Compartilhar
Compartilhar essa página com seus contatos!