Uma solução líder de mercado na Europa e nos Estados Unidos, mas que só recentemente estreou no Brasil, será um dos temas do III Fórum Brasil de Gestão Ambiental (FBGA), evento que realiza-se em meio à conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a COP-26, em Glasgow, na Escócia. A convite da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (ANAMMA), a multinacional Ingevity apresenta hoje (27/10) o ‘asfalto morno’ e reutilização de material fresado RAP (reclaimed asphalt pavement) – tecnologia que economiza combustível, gera ganhos de eficiência e reduz emissões de gases causadores do efeito estufa. Porto Alegre (RS), que aplica o asfalto morno desde julho de 2021, é a primeira capital do Brasil a utilizar a tecnologia.

A apresentação, em painel marcado para às 14h30, será feita pelo gerente de negócios Hernando Macedo Faria, da multinacional americana Ingevity, principal fabricante mundial do produto que viabiliza o asfalto morno. O painel será mediado direto de Glasgow pelo diretor de relações institucionais da ANAMMA, Mario Mantovani, geógrafo, especialista em recursos hídricos e ambientalista, com mais de 40 anos de trabalho em prol do meio ambiente. Cerca de 200 países devem participar da COP-26 apresentando seus planos para reduzir emissões até 2030.

Interesse no Brasil

Porto Alegre é a primeira capital brasileira a investir na tecnologia, amplamente utilizada há mais de 15 anos em países como Estados Unidos, Inglaterra, Itália, França e Alemanha. O produto adotado é o aditivo para misturas mornas Evotherm, o mais utilizado do mundo, produzido pela Ingevity.

Evotherm pode ser aplicado a uma temperatura de 115°C, abaixo dos habituais 165°C a 200°C. A redução de cerca de 40°C na produção possibilita aumento de durabilidade em torno de 20% e uma redução de 35% no consumo de combustível na usina de produção do asfalto. As misturas mornas também aumentam a durabilidade do pavimento graças à menor oxidação do ligante asfáltico, mantendo a capacidade flexível por um período maior.

O menor consumo de combustível reduz em 15% a emissão de gases causadores do efeito estufa (CO2). O impacto positivo é ainda superior na redução de poluentes nocivos, como os VOCs ou compostos orgânicos voláteis que deixam de ser queimados, podendo chegar a 85%. Além de ajudar o meio ambiente, a redução protege os trabalhadores envolvidos no serviço de pavimentação.

Pioneirismo gaúcho

Porto Alegre foi a primeira capital brasileira a utilizar o asfalto morno da Ingevity, que já começa a chamar atenção de municípios de Santa Catarina e São Paulo, que já estão em busca da tecnologia. Nos EUA e na Europa a tecnologia já responde por quase metade de todo o asfalto produzido. No Brasil, esse percentual não passa dos 2%.

“É uma tecnologia que entrega ganhos substanciais em várias frentes. A partir do pioneirismo da capital gaúcha, entendemos que o potencial para crescer em todo o Brasil é significativo,” afirma Faria da Ingevity.

Sobre a ingevity

Empresa líder mundial em química do asfalto, a Ingevity fornece produtos e tecnologias que incluem especialidades químicas e polímeros de engenharia, além de materiais de carvão ativado de alto desempenho. Os produtos são usados em uma variedade de aplicações, incluindo pavimentação de vias, exploração e produção de petróleo, agroquímicos, adesivos, lubrificantes, tintas, revestimentos, elastômeros, bioplásticos e componentes automotivos que reduzem as emissões de vapor de gasolina. No segundo trimestre de 2021, a Ingevity registrou vendas líquidas globais de US$ 358,4 milhões, aumento de 32,4% sobre o mesmo período no ano anterior. A empresa opera fábricas nos Estados Unidos e na China e está presente em 25 localidades ao redor do mundo, entre as quais o Brasil, com escritórios em Campinas (SP). 

Sobre a Anamma

Signatária da Agenda 2030, dos objetivos de desenvolvimento sustentável propostos pela ONU, a ANAMMA é uma entidade civil, sem fins lucrativos ou vínculos partidários, representativa do poder municipal na área ambiental, com o objetivo de fortalecer os Sistemas Municipais de Meio Ambiente para implementação de políticas ambientais que venham a preservar os recursos naturais e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Fundada em 1988 em Curitiba, a ANAMMA tem desenvolvido ações voltadas para o fortalecimento municipal, com várias representações no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Nos anos 1990, a entidade liderou a criação, nas principais cidades brasileiras, de secretarias municipais de meio ambiente.

Sobre o III FBGA

O III Fórum Brasil de Gestão Ambiental (FBGA), que ocorre até 29 de outubro, vai debater os temas mais atuais e relevantes alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (17 ODS) da agenda 2030 da ONU, em um evento híbrido digital de alcance global. Nesta edição, estão previstas mais de 60 atividades simultâneas promovidos por especialistas de renome internacional e terá seus 03 dias de intensas atividades transmitidas ao vivo para todo o mundo.

Para acessar o III FBGA

www.conexaofbga.com.br