Antes do encerramento deste ano, o SindusCon-SP apresentou uma projeção de aumento do PIB da Construção. Segundo o sindicato de empresas da indústria da construção, a estimativa é que o PIB do setor chegará a +7% ainda em 2022, mas caindo para +2,4% em 2023. Em 2021, a taxa de crescimento anual (já revista) foi de 10%. Ainda para o próximo ano, estima-se que o setor contará com um cenário mais favorável em relação aos preços dos insumos.
O ciclo de negócios continuou se sustentando ao longo de 2022, a despeito de uma conjuntura mais adversa dada pela forte elevação da Selic e dos preços dos imóveis. “Assim, se por um lado há uma desaceleração do ritmo de alta da atividade, por outro nota-se que o setor ainda se sustenta em um patamar bastante elevado de crescimento”, afirmou a coordenadora de Projetos de Construção do FGV/Ibre, Ana Maria Castelo.
“O ciclo recente efetivado continuará repercutindo no mercado de trabalho. No entanto, a desaceleração do crescimento da ocupação, especialmente do mercado informal, já sinaliza um crescimento mais comedido em 2023”, destaca o vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan.
As informações foram divulgadas na coletiva de imprensa do SindusCon-SP, realizada no início deste mês, que contou com a participação do seu presidente, Odair Senra.
Segundo os dados do SindusCon, no terceiro trimestre do ano, a construção cresceu 1,1% na comparação com o trimestre anterior, já com ajuste sazonal. O resultado representa a quinta alta consecutiva. No ano, até setembro, o setor acumula expansão de 8,2%, bem superior à média do crescimento das demais atividades econômicas – o PIB nessa mesma comparação teve aumento de 3,2%.
O PIB trimestral não permite distinguir a contribuição da produção formal para o crescimento. Mas outros indicadores mostram que a parte formal da construção, ou seja, as obras produzidas pelas construtoras têm sido determinantes dessa dinâmica em 2022. De acordo com o Caged, o emprego com carteira apresentou até setembro aumento de 10,8%.
“A recuperação da ocupação e dos rendimentos está determinando as taxas positivas registradas pelo setor, que têm superado muito as projeções do início do ano. Por ser uma atividade essencialmente intensiva em mão de obra, o aumento da ocupação confirma um crescimento vigoroso da atividade. O ciclo de negócios que foi retomado ainda de forma tímida em 2019 prosseguiu nos anos seguintes e o mercado de trabalho está captando esse movimento”, demonstrou Ana Castelo em sua apresentação.
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