Localizado na Bacia de Campos, RJ, o BM-C-33 compreende três descobertas diferentes no pré-sal: Pão de Açúcar, Gávea e Seat, contendo reservas recuperáveis de gás natural e óleo/condensado de mais de um bilhão de barris de óleo equivalente. “O BMC-33 é um ativo de classe mundial no pré-sal brasileiro da Bacia de Campos.
O Brasil é uma área estratégica para o crescimento da Equinor e a companhia tem ambições de aprofundar sua presença no país. O BM-C-33 será um importante projeto para viabilizar esse objetivo, sendo um relevante fornecedor para o mercado de gás doméstico, contribuindo para o desenvolvimento industrial e para a segurança energética localmente.
Ao mesmo tempo, estamos comprometidos em usar tecnologia para reduzir nossas emissões substancialmente. O BM-C-33 contará com uma meta de intensidade de carbono de menos de 6 kg por barril de óleo equivalente durante a vida útil do campo, enquanto a média global da indústria é de 16 kg de CO2 por barril”, diz Veronica Coelho, presidente da Equinor no Brasil. A decisão final de investimento do projeto, de aproximadamente US$ 9 bilhões, foi anunciada no dia 8 de maio deste ano. A parceria do BM-C-33 é composta por Equinor (35% – operadora), Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobras (30%).
O conceito selecionado para o BM-C-33 é baseado em um FPSO, Unidade Flutuante de Armazenamento, Produção e Transferência, capaz de processar gás e óleo/condensado e especificá-los para comercialização sem a necessidade de processamento onshore. A capacidade de produção do FPSO é de 16 milhões de m3 de gás por dia, com uma vazão média de escoamento esperada de 14 milhões de m3 por dia.
O início da produção está previsto para 2028. O BM-C-33 será o segundo FPSO da Equinor no Brasil a utilizar turbinas de gás de ciclo combinado, reduzindo significativamente as emissões de carbono do campo.
A tecnologia também será aplicada em Bacalhau, na Bacia de Campos, e combinará turbinas a gás com turbinas a vapor para aproveitar o excesso de calor que, de outra maneira, seria perdido. Ao implementar essa tecnologia, a intensidade média de CO2 do BM-C-33 durante a vida útil do campo será menor do que 6 kg por barril de óleo equivalente—abaixo de 37,5% da média mundial.
O BM-C-33 também será o primeiro projeto no Brasil a processar gás offshore e entregá-lo diretamente à rede nacional de gás natural, sem a necessidade de processamento em terra. O gás especificado para comercialização será escoado por meio de um gasoduto offshore de 200 km, saindo do FPSO em direção a Cabiúnas, na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Os líquidos serão escoados por meio de navios aliviadores.
Contratos com duas empresas para o desenvolvimento do projeto foram celebrados no dia 10 de maio deste ano. A TechnipFMC foi contratada para entregas relacionadas ao escopo de SURF (umbilicais, risers and flowlines submarinhos) e a MODEC Inc. será a responsável pela entrega do FPSO. “Estamos contentes de celebrar esses contratos com companhias reconhecidas por sua experiência e qualidade, o que será importante para as principais entregas no desenvolvimento do BM-C-33”, afirma Geir Tungeskiv, vice-presidente Executivo de Projetos, Perfuração & Procurement da Equinor.
O contrato da TechnipFMC abrange todo o sistema submarino, incluindo sistemas de árvores, manifolds, jumpers, risers e linhas de fluxo, umbilicais, terminações de tubulações, distribuição submarina e equipamentos de controle de topside e instalação.
Ela também será responsável pelos serviços durante a vida útil do campo. “Através de mais esse extenso contrato, demonstramos nossa capacidade de reunir todos os componentes submarinos de uma solução integrada e construímos confiança com nossos clientes”, comenta Jonathan Landes, presidente da Subsea da TechnipFMC.
O SPA é um contrato turnkey de soma fixa bifásica que abrange tanto o Projeto de Engenharia Front-End (FEED), quanto a Engenharia, Aquisição, Construção e Instalação (EPCI) para todo o FPSO. Como a Equinor e parceiros anunciaram a Decisão Final de Investimento (FID) após a conclusão do FEED, que havia começado em abril de 2022, a MODEC agora recebeu a fase 2 do contrato para EPCI do FPSO. A plataforma terá topsides projetados para produzir aproximadamente 125.000 barris de petróleo bruto por dia, bem como produzir e exportar aproximadamente 565 milhões de pés cúbicos padrão de gás associado por dia. Sua capacidade mínima de armazenamento de petróleo bruto será de 2.000.000 barris.
A Unidade Flutuante de Armazenamento, Produção e Transferência aplicará a nova construção da MODEC, projeto de casco duplo completo, desenvolvido para acomodar grandes topsides e maior capacidade de armazenamento do que os petroleiros VLCC convencionais, com uma vida útil de projeto mais longa. Aproveitando este maior espaço na parte superior, este FPSO será o segundo totalmente eletrificado e equipado com Sistema de Ciclo Combinado para Geração de Energia, que reduz significativamente a emissão de carbono em comparação com os sistemas convencionais acionados por Turbina a Gás. O contrato do FPSO é principalmente na modalidade de lump sum turnkey e inclui engenharia, aquisição, construção e instalação para toda a unidade.
A data de entrega dele está prevista para 2027. A MODEC também fornecerá à Equinor serviços de operação e manutenção do FPSO durante o primeiro ano a partir do seu início de produção; após este período, a Equinor planeja operar a unidade. “A MODEC também conta com o contrato do FPSO do nosso projeto Bacalhau, e esperamos aproveitar as experiências entre os dois investimentos para garantir a execução deles de maneira segura e eficiente. Também temos uma longa história de colaboração com a TechnipFMC e estamos contentes de continuarmos nossa colaboração no desenvolvimento de outro projeto relevante”, diz Tungesvik.
A empresa exerceu uma opção no contrato de projeto de engenharia básica com a TechnipFMC, celebrado em julho de 2022, para fornecer engenharia integrada, aquisição, construção e instalação para o SURF (umbilicaiss, risers and flowlines submarinhos). O sistema SURF será instalado a uma profundidade de água de aproximadamente 2.900 m, que representa a instalação mais profunda na história da Equinor.
Nome da unidade: BM-C-33 FPSO Campo: Pão de Açucar, Seat & Gávea no bloco BM-C-33 País: Brasil Novo/Conversão: Nova construção Lâmina d’água: 2.900 m Tipo de amarração: SOFEC Spread Capacidade de Armanezamento: 2.000.000 bbls Produção de Petróleo: 125.000 bopd Produção de Gás: 565 MMSCFD Contrato: EPCI + O&M Escopo de Trabalho: Engenharia, Suprimentos, Construção e Instalação, Operação e Manutenção Entrega ao Cliente: 2027 Primeiro Óleo: 2027 Período O&M: 1 ano Situação Atual: Em construção Fatos ■ Empresas parceiras: Equinor 35% (operadora), Repsol Sinopec Brasil 35%, Petrobras 30% ■ As descobertas foram feitas pela Repsol Sinopec em 2010 ■ A Equinor se tornou operadora em 2016 ■ O bloco está localizado no pré-sal da Bacia de Campos, no Brasil ■ O depósito está localizado aproximadamente a 200 km da costa, em profundidade de até 2.900 m ■ O projeto contém gás natural e óleo/condensados recuperáveis de mais de 1 bilhão de barris ■ A capacidade de escoamento de gás é de 16 milhões de m3 por dia, o que pode representar 15% da demanda brasileira de gás natural no início da produção ■ A capacidade do FPSO é de aproximadamente 126 mil barris por dia. ■ O início da produção está previsto para 2028
Compartilhar
Compartilhar essa página com seus contatos!