No começo da década de 1970, quando a Dersa estava prestes a dar o sinal verde para iniciar a construção da autoestrada, o governador Paulo Egydio Martins solicitou alterações no projeto. Na época estava em discussão a localização do novo aeroporto internacional de São Paulo. E, uma das opções seria o aproveitamento de Viracopos, na região de Campinas. A mudança pedida pelo governador tinha em vista deixar um espaço suficiente no canteiro central para uma futura passagem de trem ligando a capital àquele aeroporto.
Desde o início de sua operação, a Bandeirantes é reconhecida como exemplo, na área da engenharia rodoviária nacional, tanto pela concepção quanto pela qualidade estrutural. Os seus primeiros 89 km de extensão foram construídos em 26 meses, tempo apontado como recorde para os padrões da época.
A segunda fase da rodovia começou em 1998, quando a concessionária Autoban assumiu a gestão do Sistema Anhanguera/Bandeirantes, dentro do Programa Estadual de Concessões, e deu andamento a diversas melhorias planejadas. A obra, então considerada mais significativa, foi a construção de 78 km do novo trecho, que conectou Campinas a Cordeirópolis, um investimento de R$ 990 milhões. O trecho foi concluído em 2001. Tal obra continua a ser fundamental à logística da região de Campinas, já privilegiada pela localização do aeroporto de Viracopos, hoje em fase de ampliação por uma operadora privada.
Ao longo de toda a rodovia foram construídas 174 obras de arte, entre elas 62 pontes, viadutos e passagens inferiores e superiores, incluindo segmentos sobre o rio Piracicaba e sobre o ribeirão Tatu, além de diversas outras melhorias, a principal delas, a quarta faixa de tráfego de São Paulo a Jundiaí. Atualmente está em fase de conclusão a quinta faixa.
As obras dos trevos de interligação do Rodoanel às rodovias Anhanguera e Bandeirantes foram concluídas em outubro de 2001. Os trevos na altura do km 22 da Anhanguera e na altura do km 24 da Bandeirantes fazem parte do trecho Oeste do Rodoanel, com 32 km de extensão. Para absorver o crescente tráfego na região, os trevos construídos pela CCR Autoban foram projetados com duas pistas com quatro faixas de rolamento, além de acostamento. Os dois trevos integram a construção de 18 viadutos, 12 deles na Bandeirantes e 6 na Anhanguera.
O engenheiro Maurício Vasconcellos, presidente da CCR Autoban, diz que ao longo dos últimos 15 anos, período em que a empresa administra o sistema, a SP-348 continua a ser uma referência, em especial quando o assunto é a qualidade dos serviços prestados. Esse título vem sendo mantido, por sete anos consecutivos (de 2006 a 2013) peloGuia Quatro Rodase outras três vezes (2012, 2006 e 2004) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).
Naquele período, a rodovia recebeu obras e investimentos (R$ 2 bilhões em valores atuais) que permitiram o seu prolongamento até Cordeirópolis (2001); a construção da quarta faixa; a recuperação do pavimento com a utilização de asfalto-borracha (2012) e novas estruturas de atendimento aos usuários. Câmeras (51 equipamentos) efetuam um monitoramento permanente. Cada uma tem alcance de até 3 km.
A Bandeirantes teve como projetistas as empresas Engevix, Consultores Gerais, Eteo e Figueiredo Ferraz. As empresas que a construíram (trecho SP-Campinas) foram a Andrade Gutierrez, Cetenco, Camargo Corrêa, CR Almeida, Mendes Júnior e CBPO.
Fonte: Revista O Empreiteiro