BP Bunge Bioenergia, uma das maiores processadoras de cana-de-açúcar do País, firmou parceria com a TIM para fornecimento da rede 4G em 11 unidades da empresa, que correspondem a 3 milhões de hectares espalhados pelos Estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. O investimento atinge R$ 100 milhões apenas para instalar as antenas.
Nessas localidades, a BP Bunge possui um total de 450 mil hectares de área plantada – 300 mil hectares próprios e 150 mil hectares de seus fornecedores de cana.
Esse é o projeto privado com a maior área com cobertura 4G do País. De acordo com a empresa, além da digitalização dos seus processos produtivos, o projeto beneficia mais de 174 mil pessoas dos municípios vizinhos às usinas, em torno de 12,5 mil colaboradores, diretos e indiretos, 29 escolas públicas e dez unidades básicas de saúde.
As usinas da BP Bunge já utilizam tecnologia embarcada em cerca de 1.200 equipamentos agrícolas e de transporte, conectada a uma central de gestão logística integrada, com recursos da indústria 4.0, como big data, inteligência artificial, internet das coisas e robótica.
A central acompanha em tempo real, de forma on-line e remota, 24 horas por dia, toda a operação de plantio, colheita e transporte.
Com a ampliação de conectividade, mais recursos disponíveis pelos equipamentos poderão ser utilizados. A geração de dados será mais ágil, auxiliando na tomada de decisão das operações das 11 unidades agroindustriais, contribuindo para o aumento da produtividade e redução do custo de produção.
O projeto com a TIM contempla 98 novas torres 4G, e grande parte delas utilizará energia sustentável por meio de painéis solares. Com essa cobertura, a BP Bunge poderá integrar suas máquinas em campo à central de operações de monitoramento que hoje trabalha com conexão por satélite. Por meio do sinal 4G e sensores embarcados nas frentes de trabalho em campo, a companhia obterá dados que otimizarão as operações, reduzindo gastos com combustível e com máquinas. No total, 15 sistemas de monitoramento serão instalados para aproveitar a cobertura 4G.
De acordo com BP Bunge, esse tipo de tecnologia contribui também para a segurança dos trabalhadores que comandam as máquinas em campo.
Com uma câmera em cada cabine das colhedoras será possível detectar sinais de sonolência dos operadores e avisar a central. Quando um sinal é identificado (como piscadas constantes ou se a cabeça do trabalhador está tombando) um comando paralisa a máquina, evitando acidentes.
O monitoramento de operadores de maquinas está se difundindo na indústria de Mineração, que poderia se inspirar nesse projeto e replicar a rede 4G para atender um consórcio de mineradoras e suas minas numa determinada região. Será um salto gigantesco para ingressar na era da indústria 4.
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