Com 1.338 MW de capacidade instalada, a termelétrica GNA 1 – Gás Natural Açu, joint venture formada pela bp, Siemens SPIC Brasil e pela Prumo Logística, controlada pelo EIG Global Energy Partners, já está em operação. Situada no Porto do Açu, região norte do estado do Rio de Janeiro, essa é a primeira parte do maior parque de geração a gás natural da América Latina. Além da UTE GNA I, a GNA irá construir a UTE GNA II, com 1.672 MW de capacidade instalada, suficiente para fornecer energia para 14 milhões de residências. Com 3GW de energia assegurados em contratos de longo prazo e 3,4 GW adicionais de expansão licenciada através dos projetos GNA III e GNA IV, o complexo de 6,4 GW é o maior da América Latina e inclui um terminal para movimentação de gás natural liquefeito (GNL) onde está atracada a FSRU BW MAGNA, com capacidade para armazenar e regaseificar até 28 milhões de m³/dia.
A localização estratégica do Porto do Açu, próximo aos campos produtores de gás offshore, à malha de gasodutos terrestres e ao circuito de transmissão 500 kV de energia, possibilitará a expansão do hub de gás e energia a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre o setor de gás com setores elétrico e industrial, desempenhando papel relevante e estratégico no País nos próximos anos. O investimento total planejado para o complexo de gás e energia da GNA é e cerca de US$ 5 bilhões.
Intitulada como Usina Termelétrica Novo Tempo, a GNA 1 consiste em uma planta de ciclo combinado de capacidade igual a 1338 MW, o suficiente para fornecer energia a 6 milhões de residências. Seu sistema de medição e condicionamento foi fornecido pela Fluxo Soluções Integradas e possui a seguinte configuração: três turbinas a gás, três geradores de vapor de recuperação de calor e uma turbina a vapor. As turbinas a gás funcionam exclusivamente com gás natural e o vapor extraído da turbina a vapor é condensado utilizando torre de resfriamento com a água do mar.
“A GNA 1 é uma usina que recebe gás natural importado na forma líquida, então é um terminal de liquefeito e que está acoplado um píer, onde há uma Unidade Flutuante de Armazenamento e Regaseificação (FSRU, em inglês Floating Storage and Regasification Unit), e nela se atraca com um navio gaseiro que traz esse gás natural líquido que é convertido em gás, alimentando uma usina termelétrica”, explica Fábio André, diretor comercial da Fluxo.
Segundo a empresa contratada, esse sistema é composto por diversos skids com finalidade de filtração, aquecimento, regulagem de pressão e medição de todo o gás natural processado nas instalações da GNA1. “Instalamos os skids de filtragem, que filtra o gás natural ao entrar, depois ele passa por um sistema de pré-aquecimento, porque esse gás natural é expandido depois em uma estação de regulagem de pressão, e essa regulagem vai reduzir a pressão do gás e pelo efeito há a queda de temperatura, e por isso, aquece antes, depois passa por um sistema de medição fiscal. Em seguida, ainda tem as caldeiras e boilers auxiliares que fazem a geração de calor, e os sistemas auxiliares”, resumiu Fábio.
O sistema de regulação e medição é composto de: 1x Skid de Filtragem, 2x Skid do trocador de calor/regulagem, 1x Skid de medição, 1x Skid de bombeio, 1x Skid de regulagem de gás para os Boilers, 4x Skid de Boiler, 1x Tanque de dreno, 1x Vent Stack. Além dos skids o sistema também possui uma sala de elétrica onde fica localizado o CCM.
Já sobre a engenharia, fornecimento e construção da usina (EPC) foi realizada pela Siemens Energy, em consórcio com a Andrade Gutierrez. A empresa também será responsável pela operação e manutenção (O&M) da usina.
Expansão: GNA II prevê operação para 2025
Segundo a GNA – Gás Natural Açu, as obras da UTE GNA II serão iniciadas em breve, com previsão de início de operação comercial em janeiro de 2025. A segunda usina, localizada no município de São João da Barra (RJ), possui, ainda, licença ambiental para mais que dobrar a capacidade instalada, podendo chegar a 6,4 GW, o que permitirá o desenvolvimento de novos projetos termelétricos no Açu. A expansão do complexo contemplará ainda gasodutos terrestres e uma unidade de processamento de gás natural (UPGN).
A UTE GNA II também será composta por 3 turbinas a gás e 1 turbina a vapor, todas fornecidas pela Siemens. Com capacidade instalada de 1,6 GW, a UTE GNA II também funcionará em ciclo combinado.A subestação da UTE GNA II se conectará com SIN através de uma linha de transmissão de 500 kV.
Ficha técnica
Construtoras:
GNA I (em operação): Andrade Gutierrez para a Termoelétrica e Acciona para o Píer.
GNA II (em construção): Andrade Gutierrez