A 1ª Semana Mundial das Nações Unidas de Segurança Viária, promovida pela ONU no primeiro semestre deste ano, apontou dados alarmantes.

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Entre eles, o fato de 1,2 milhões de pessoas no mundo perderem a vida em estradas e vias públicas. A AACD, entidade paulistana que trata portadores de deficiência física, com regionais em vários estados do Brasil, também traz um levantamento preocupante: mais de 30% dos pacientes com lesão de coluna irreversível, tratados na associação, foram vitimados por carros ou motos. As causas de estatísticas como essas são várias: imprudência, incluindo excesso de velocidade e consumo de álcool, é uma delas. Mas segundo o relatório da ONU, 85% deste total de mortes ocorre em países pobres ou em desenvolvimento, como o Brasil, o que nos remete diretamente à falta de condições de infra-estrutura nas estradas.

Para a química e especialista em sinalização horizontal, Áurea Rangel, muitos acidentes em rodovias brasileiras poderiam ser evitados se os administradores públicos entendessem que infra-estrutura viária não é luxo, mas um item de segurança. “Uma rodovia sem sinalização horizontal, por exemplo, é uma pista insegura, que deixa o motorista completamente desprotegido em caso de neblina”, ressalta. Para Áurea, além de promover campanhas públicas para evitar acidentes, os gestores devem, antes de mais nada, garantir boas condições de tráfego aos usuários.

“Ter prudência na hora de dirigir é uma questão de consciência pessoal, que também deve ser trabalhada. Mas manter uma estrada trafegável, diminuindo as chances de acidentes causados por falta de infra-estrutura viária é obrigação do Poder Público ou de quem for nomeado por ele para fazê-lo.
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” A relação segurança e boa infra-estrutura viária se consolida quando observamos estatísticas sobre o número de mortes em estradas geridas pela iniciativa privada. Com condições diferenciadas em termos de pavimento e sinalização, estas rodovias apresentam menos acidentes e, conseqüentemente, um número reduzido de vítimas fatais. “E as próprias rodovias sob concessão trabalham para que estas marcas sejam melhoradas a cada ano”, explica Áurea. Segundo a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) o índice de acidentes na malha rodoviária concedida do Estado de São Paulo caiu 11% em 2006, na comparação com o ano anterior.

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Fonte: Estadão