O mercado imobiliário japonês é extremamente jovem: mais de 60% de todas as casas japonesas foram construídas depois de 1980.

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Mesmo sendo essas estruturas construídas supostamente para agüentar terremotos, poucas delas sobrevivem a demolições após algumas décadas. O motivo: não há quase lugar no mercado para casas antigas e uma nova legislação, que pode ser aprovada no próximo mês, tentará remediar essa situação.

Curiosamente, no Japão pós-guerra a terra tem valor, mas não as construções.

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Até hoje seguros contra terremotos não são usuais no país e a tradição impera, ecoando há séculos atrás, quando os terremotos e incêndios eram as maiores causas de destruição de casas, que portanto não eram duráveis. Além disso, a lei japonesa separa a propriedade da terra, da propriedade da estrutura e garante incentivos a novas construções e coloca altos impostos na venda de estruturas antigas, o que instiga a demolição e construção de novas casas com materiais baratos. Para resolver o problema, o primeiro ministro, Yasuo Fukuda, planeja ainda esse mês introduzir uma nova regulamentação de taxas para encorajar a construção de mais edifícios duráveis.

Sob o projeto de lei das “casas de 200 anos”, impostos de propriedades nacionais, regionais e municipais podem ser reduzidos em cerca de 25% a 75% por até 7 anos para casas que aderirem a padrões de estruturas robustas.

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Fonte: Estadão