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A premiação que foi realizada no último dia 22 de outubro, em São Paulo, é a principal na área de engenharia estrutural no Brasil.
Na oportunidade, José Roberto Braguim, até então presidente da Abece, destacou a importância do prêmio, que vem contribuindo para a difusão da criatividade dos engenheiros que atuam nesse segmento.
Já Cláudio Gerdau Johannpeter, diretor-geral de operações do Grupo Gerdau, disse que a cada ano o prêmio se consolida como uma referência nacional na área da engenharia estrutural, ao valorizar e estimular o profissional e estimular o aperfeiçoamento da Engenharia do País. Ele disse que a empresa é líder na produção de aços longos nas Américas e líder mundial em aços longos especiais para a indústria automotiva. Assegurou, em sua mensagem, que apesar da crise que tem afetado o sistema financeiro internacional, o grupo prossegue, consistente, com os seus programas de investimentos aqui e no exterior. A Gerdau possui hoje 46 mil colaboradores e desenvolve operações nas Américas, Europa e Ásia, somando capacidade instalada de 26 milhões de t de aço.
Os premiados
Os trabalhos foram julgados por uma equipe de profissionais formada por membros da Gerdau e da Abece. Durante a avaliação, os jurados verificaram se cada obra atendia aos itens estabelecidos no regulamento do prêmio, entre eles uso apropriado de materiais, economia de produtos durante a construção, originalidade e criatividade de layout e adequação harmônica ao ambiente no qual o projeto está inserido.
Cada uma das quatro categorias (edificações, obras especiais, infra-estrutura e obras de pequeno porte) contou com um vencedor e uma menção honrosa. Os primeiros colocados ganharam troféu e certificado, além de passagens, mais estadia, para participação na feira World of Concrete, a ser realizada em Las Vegas (EUA), em fevereiro. Os profissionais responsáveis pelos projetos com menção honrosa receberam placa alusiva ao evento além de certificado.
O prêmio na categoria infra-estrutura foi para o engenheiro Catão Francisco Ribeiro, com a Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira. O projeto é a mais recente obra pública realizada em São Paulo e é a maior ponte estaiada em curva do mundo.
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Inaugurada há cerca de cinco meses, a obra tem 138 metros de altura e utilizou aproximadamente 500 toneladas de aço. A ponte, que liga a Marginal Pinheiros à Avenida Roberto Marinho, tem capacidade para 8 mil carros por hora e tornou-se o novo cartão postal da cidade. Durante a noite, as linhas futuristas da obra são realçadas com luzes coloridas, que podem variar em função de datas comemorativas. Este mesma técnica é utilizada no Empire State Building, de Nova York.
O primeiro colocado na categoria edificações foi o engenheiro Mário Franco, responsável pelo Projeto Rochaverá – Torres A e B, em São Paulo.
A categoria leva em conta as estruturas verticais e horizontais. O Projeto Rochaverá compreende torres de edifícios comerciais ao redor de uma praça central localizados próximo aos Shoppings Morumbi e Market Place e à Estação Morumbi da CPTM. Os edifícios têm formato inusitado, com uma de suas faces inclinada sobre a praça.
Na categoria obras especiais, o vencedor foi o engenheiro Mário Terra Cunha, com a Estação Ciência, Cultura e Arte, em João Pessoa (PB). A obra ainda está em andamento, mas sua estrutura já foi finalizada. O projeto ocupará um espaço de mais de cinco mil metros quadrados no núcleo central da Zona Especial de Preservação (Parque do Cabo Branco) e não provocará interferências no ambiente. A Estação será composta de cinco edifícios destinados à difusão cultural e realização de pesquisas na área de meio ambiente. A obra proporcionará uma visão panorâmica das belezas do entorno.
Já na categoria pequeno porte, o primeiro prêmio foi para o engenheiro Márcio José de Rezende Gonçalves, com o projeto Condomínio Riviera Residences, em Nova Lima (MG).
O condomínio de casas com terrenos que variam de 1.000 a 5.000 m² está localizado no alto de uma montanha, às margens da BR-040, e prevê o acesso direto à cidade, sem sinais de trânsito.
A premiação reconheceu também outros profissionais que desenvolveram projetos de destaque em cada uma das categorias com menção honrosa. Em edificações, foi escolhido o engenheiro George Magalhães Maranhão, com a obra Edifício Residencial Estrela do Atlântico, localizada em Natal (RN). Em obras de arte, o engenheiro Altair Baggio recebeu menção honrosa pelo Ginásio Poliesportivo AECIM Tocantins, em Cuiabá (MT). Na categoria pequeno porte, o homenageado foi o engenheiro Gil Chinellato, com o Auditório Alcina Dantas Feijão, obra realizada em São Caetano do Sul (SP). E a menção honrosa na categoria obras infra-estrutura foi para a engenheira Mônica de Moraes Seixas, com o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro.
legenda: Cláudio Gerdau Johannpeter cumprimenta o engenheiro Catão Francisco Ribeiro
Fonte: Estadão
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