Ao lançar ontem, em Porto Alegre, o programa O Estado na Estrada, o governo gaúcho trouxe alento aos motoristas que arriscam a vida nas estradas esburacadas do Vale do Rio Pardo. Em todo o Rio Grande do Sul serão investidos R$ 322,4 milhões na recuperação, manutenção e restauração de 4,1 mil quilômetros de estrada, o equivalente a mais de 50% da malha pavimentada. O Estado na Estrada integra o programa estruturante Duplica RS, que prevê investimentos bilionários em infra-estrutura, a ampliação dos contratos de concessão de rodovias e a redução das tarifas de pedágio. O projeto de lei deve ser enviado amanhã para análise da Assembléia Legislativa.

Cinco estradas da região estão incluídas no programa lançado ontem. Os investimentos, segundo o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel (PSDB), chegarão a R$ 40 milhões e serão executados em duas etapas.

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A emergencial, que visa recuperar o passivo existente e melhorar a trafegabilidade e segurança das rodovias pavimentadas, começa ainda esse ano. “Não será apenas um tapa-buracos. Serão reparos com durabilidade de dois anos”, garantiu o secretário de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade. As licitações para contratação das empresas responsáveis já estão sendo preparadas. Para a região estão previstos R$ 13,9 milhões.
Essa primeira fase deverá ser executada em dez meses.

A segunda, batizada de restauração de trechos críticos, atingirá as mesmas cinco rodovias da região contempladas na etapa anterior. O prazo de execução, no entanto, é de dois anos.

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Em todo o Estado haverá obras em 31 trechos e a previsão é que elas se iniciem no segundo semestre do ano que vem. Na prática, segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), será praticamente a reconstrução dos trechos que hoje estão em piores condições.

É o que irá acontecer com a RS-400 (que vai de Candelária a Sobradinho, em um trecho de serra) e com a RSC-481 (continuação entre Sobradinho e Arroio do Tigre). O trecho total, de mais de 50 quilômetros, está em péssimas condições, revoltando os motoristas. Há pontos em que praticamente não se vê mais asfalto, só buracos.

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Nesta terça-feira, pela terceira semana seguida, grupos de manifestantes fizeram churrasco nos buracos das duas estradas. O Daer mantém operações tapa-buraco, mas na primeira chuva as crateras reaparecem. Há dois anos a situação desafia quem precisa ir à região Centro-Serra. O trecho é considerado um dos piores do interior gaúcho.
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Fonte: Estadão