O governo do presidente Lula da Silva já se manifestou, aqui e em diversos países, contra os supostos responsáveis pela crise global que vem afetando as atividades econômicas. E tem divulgado providências para irrigar, com dinheiro público, setores cuja retração se refletirá de imediato na diminuição de postos de trabalho e na geração de problemas sociais.
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Há algum tempo, recorrendo a uma das figuras de linguagem usadas no futebol, ele disse que a melhor arma de defesa é o ataque, sugerindo que, contra a crise, a solução é investir.
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E investir na área que tem capacidade para sustentar o crescimento econômico: a infra-estrutura.
Uma das medidas previstas é a manutenção, no Orçamento da União para 2009, dos recursos de R$ 21,2 bilhões destinados à continuidade das obras do Programa de Aceleração do Crescimento.
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O governo ainda acredita que o volume de investimentos, da ordem de R$ 506 bilhões, previstos para o PAC no período de 2007-2010, pode ser atingido, com atendimento prioritário para saneamento e habitação (31%); petróleo e gás natural (27%) e geração de energia elétrica (13%).
Caso aquela expectativa se mantenha, os 142 projetos da área de logística continuarão contando com os seguintes investimentos: rodovias (79 projetos, R$ 36,3 bilhões); ferrovias (13 projetos, R$ 9,4 bilhões); portos e hidrovias (24 projetos, R$ 13,4 bilhões); aeroportos (18 projetos, R$ 2,8 bilhões) e metrôs (8 projetos, R$ 3,2 bilhões).
Além de medidas para garantir os recursos do Orçamento e das demais fontes para o prosseguimento das obras do PAC, o governo determinou a abertura de linhas de crédito de R$ 3 bilhões na Caixa Econômica Federal para aumentar o capital de giro de empresas da indústria da construção imobiliária. E os bancos privados foram autorizados a utilizarem até 5% dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para financiamento de empreendimentos imobiliários.
O Banco do Brasil também foi autorizado a disponibilizar R$ 5 bilhões para as pequenas e médias empresas. Já o ministro Guido Mantega, da Fazenda, confirmou a destinação de R$ 4 bilhões da mesma instituição para ajudar os bancos das montadoras de veículos a elevar o crédito aos consumidores.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e social (BNDES) sinalizou a possibilidade de desembolsar R$ 85 bilhões, até o final deste ano, para suprir a escassez de capital, em momento de dificuldade das empresas.
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