Somos campeões mundiais em extensão e crescimento da rede de auto-estradas desde 1990. Mesmo sem as novas concessões, Portugal já está entre os países que mais investiram e que têm maior número de km por habitante e área. Mas os dados da União Europeia e OCDE mostram que se investe pouco em manutenção.

Rede nacional vai crescer 50% até ao ano 2012.

Todos os estudos e comparações o mostram – Portugal tem uma das maiores redes de auto-estradas da União Europa a 15, ao nível de quilómetros por habitante e por área. Esta realidade, apresentada num recente estudo de tráfego feito pela TIS a pedido da Brisa, será mais expressiva em 2010 quando estiver concluído o novo pacote de concessões rodoviárias.

O nosso país tem hoje uma rede de 2860 quilómetros de auto-estradas, das quais cerca de metade são pagos. Com o plano em curso de novas concessões, a rede irá crescer cerca de 50%, o correspondente a mais 1400 quilómetros de vias com perfil de auto-estrada. Este número inclui cerca de 100 km das concessões lançadas pelo anterior Governo e adjudicadas nesta legislatura (Grande Lisboa e Douro Litoral), mas o grosso da expansão é uma decisão do actual Executivo. O pacote de 10 novas concessões, num total de 2400 quilómetros, tem sido contestado, pela dimensão, mas também pelos custos.

Para José Manuel Viegas, presidente da TIS, é difícil explicar como é que um país com problemas em tantos sectores tem necessidade de construir tantas auto-estradas.

online pharmacy buy periactin online with best prices today in the USA

O especialista em transportes lembra que há outras soluções de mobilidade mais baratas como as adoptadas em Espanha, onde as autovias, com menores exigências m termos de construção e traçado, coexistem com as autopistas. Tem sido o crescimento da taxa de motorização em Portugal o principal sustentáculo da progressão de tráfego nas auto-estradas. Mas a expansão, diz José Manuel Viegas, não vai continuar muito tempo porque o número de automóveis por habitante em Portugal está a aproximar-se da média da UE.



O Governo justifica o lançamento destes empreendimentos com as vantagens do investimento público e o seu impacto na economia, sobretudo no actual contexto. Por outro lado, frisa, muitas das novas vias beneficiam o Interior do país.

Voltando à realidade, quando comparamos Portugal com os outros países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) ou da Europa a 25, como fez o economista Avelino de Jesus, a conclusão é similar. Os dados para 2006 mostram que na UE a 25 Portugal tem uma média de auto-estradas por rede viária de 2,3% muito acima dos 1,2% da média, e que é o terceiro valor mais elevado depois da Espanha e Luxemburgo. A União Europeia tem 13 km de auto-estradas por 100 mil habitantes, quando Portugal tem 17 km. Por cá existem 20 km de auto-estrada por 1000 km2 do país, enquanto que a média da UE são 15 km. Olhando para o universo da OCDE, Portugal foi o segundo país que desde 1990 e até 2006 registou a maior expansão na rede.

online pharmacy buy prelone online with best prices today in the USA

Mais significativo para este professor do ISG (Instituto Superior de Gestão) são os indicadores que relacionam a extensão da rede com a capacidade económica. Portugal é o segundo país com mais quilómetros (8,3 km) por mil milhões de dólares de PIB, apenas ultrapassado pelo Canadá.

Com estes dados poder-se-ia concluir que Portugal tem uma grande rede viária, mas a verdade é precisamente o contrário. Ao mesmo tempo que temos auto–estradas, também temos estradas a menos e investimentos muito pouco na conservação das que temos, realça Avelino de Jesus.



Dados da OCDE mostram que em 2005Portugal foi o quarto país que mais investiu em novas vias (1985 milhões de euros).
buy nolvadex online https://www.icriindia.com/blog/wp-content/themes/twentyseventeen/inc/new/nolvadex.html no prescription

Já nos gastos com manutenção, caímos para 10.º lugar, com 177 milhões de euros.

Fonte: Estadão