A mobilização pelo cumprimento da resolução foi capitaneada pelo Movimento Nossa São Paulo, liderado por Oded Grajew -que também é presidente do Conselho Deliberativo do Instituto Ethos.
Nota da empresa divulgada ontem diz que a Petrobras “vem sendo alvo de uma campanha articulada com o objetivo de atingir a imagem da companhia e questionar a seriedade e eficiência de sua administração”. E diz ter decidido se desligar do Ethos “por entender que o grupo de pessoas e entidades responsável por essa campanha contra a companhia encontra respaldo no instituto”.
O texto fala, também, que a ação é política e que “o grupo de pessoas que atua de forma deliberada e difamatória contra a Petrobras é composto por integrantes das Secretarias de Meio Ambiente dos Estados de São Paulo e Minas Gerais”, além da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de SP.
Oded Grajew afirma que não pode ser acusado de ação política. “Se tem alguém insuspeito, sou eu. Sempre dei todo o apoio ao [presidente] Lula, eu que abri as portas do mundo empresarial para ele”, afirmou.
O presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young, lamentou a decisão. “Queríamos ver a Petrobras enfrentando o problema. Acho que esse é mais um equívoco.” Ele ressaltou que a empresa neste ano foi condenada pelo Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária) e excluída da carteira do ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) da BM&F Bovespa. A Folha procurou as secretarias estadual e municipal de meio ambiente de SP, mas não houve resposta até o fechamento desta edição. A reportagem não conseguiu contato com a secretaria de meio ambiente de MG.
Fonte: Estadão
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