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Prova disso é o crescimento significativo no volume de royalties-remuneração governamental que a empresa paga mensalmente em função dos impactos da exploração. De acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em 2008, o estado recebeu R$352,7 milhões em royalties, um aumento de 36,28% em relação a 2007 (R$258,8 milhões). Do montante arrecadado, R3,62 milhões foram destinados ao governo estadual e R9,2 milhões aos 269 municípios.
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Este resultado faz com que a Bahia permaneça, pelo segundo ano consecutivo, em quarto lugar em volume de arrecadação de royalties, perdendo apenas para o Rio de Janeiro (R$4,7 bilhões), Espírito Santo (R$512,2 milhões) e Rio Grande do Norte (R$379,3 milhões). Dados da ANP revelam que, em 2006, o estado perdeu a terceira posição no ranking para o Espírito Santo, que também vem se destacando nesta atividade desde 2005.
Levando em consideração o cálculo do pagamento de royalties, dois motivos explicam esse crescimento significativo na Bahia, segundo o gerente regional da ANP, Francisco Nelson Neves.
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‘Primeiro, o aumento da produção efetiva de óleo e, principalmente, gás. Segundo, a elevação do preço do petróleo, que chegou a bater US$144 o barril’, explica ele, complementando que o ano passado foi muito positivo para o setor, com preços internacionais relativamente elevados.
Neves diz que, por falta de investimentos, no passado, a produção de petróleo e gás na Bahia esteve aquém do esperado, ressurgindo em 2004.
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Em contrapartida, em 2008, novos recordes foram batidos. De acordo com levantamento da ANP, a produção média de óleo em bacia terrestre – com destaque para a do recôncavo – nos últimos 12 meses, tendo como referência setembro, atingiu 4,2 milhões de barris por dia, enquanto a extração oriunda de bacias marítimas foi de 738 barris/dia.
Já a produção média de gás, foi de 3,6 milhões metros cúbicos/dia, em terra, e de 5,5 milhões m³/dia, no mar.
Para o vice-coordenador do Comitê de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Eduardo Rappel, o alto preço do petróleo foi o fator determinante para esse salto na arrecadação.’ Produzimos mais no ano passado, mas nada tão significante.
O destaque foi o gás extraído do Campo de Manati (Bacia de Camamu-Almada), cuja produção está além do previsto. Agora, quando os preços sobem no mercado internacional, automaticamente crescemos royalties arrecadados’, pontua.
Manati
O diretor da Queiroz Galvão Óleo e Gás- Exploração Produção, José Augusto Fernandes, informa que a produção de gás do Campo de Manati cresceu 79% em 2008, saltando de 3,2 milhões de m³/dia para 5,7 milhões de m³/dia, dos quais a companhia participa como consorciada com 45% desse valor. ‘Este ano temos a expectativa de aumentar a capacidade de produção, passando dos seis milhões de m³, em 2008, para oito milhões de m³, dependendo da demanda dos consumidores da Bahia e do Nordeste. Para isso, estão previstos cerca de R$300 milhões na perfuração de quatro poços exploratórios que visam a descoberta de novos campos no offshore (mar) da Bahia do mesmo porte do Campo de Manati’, adianta.
Fonte: Estadão
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