Os trabalhadores da Vale em Brumadinho, na Grande Belo Horizonte, e das siderúrgicas AVG e Plantar, de Sete Lagoas, na Região Central do estado, começam em duas semanas os primeiros cursos de requalificação previstos nos acordos de suspensão de contrato de trabalho negociados em função da queda do consumo de minérios e aço, depois do estouro da crise financeira mundial. Operadores de máquinas e até mesmo empregados de setores administrativos serão treinados para aproveitamento em novas funções, como manutenção elétrica, mecânica e trabalho de solda, que enfrentam carência de mão-de-obra especializada.
É com esse objetivo principal que o conteúdo das aulas está sendo preparado, informou, nesta terça-feira, Edmar Alcântara, gerente de Educação e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Minas Gerais, instituição contratada pelas empresas. “Outra meta é dar aos trabalhadores mais condições de conseguir emprego, ampliando o leque de conhecimento além do aprendizado técnico que a função requer”, afirmou.
Por esse motivo, foram incluídas nos cursos disciplinas relacionadas às áreas de informática, meio ambiente, normas de segurança no trabalho e empreendedorismo.
Conforme a legislação que permite a suspensão dos contratos de trabalho, os empregados voltarão às salas de aulas por três a cinco meses, bancados por recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Durante o período de treinamento, as empresas podem ou não complementar a bolsa, tendo como referência os salários.
A Vale deve informar nesta quarta-feira o número de empregados em Brumadinho que vão passar pela reciclagem profissional, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Extração do Ferro e Metais Básicos de Belo Horizonte e região, Sebastião Alves de Oliveira.
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