"Se depender de mim, dá", responde automaticamente Fábio Cury, presidente da Cury, braço direito da Cyrela para residências econômicas e supereconômicas. No instante seguinte, Fábio é cauteloso. "Depende do que vier." Ele conta que a Cury já participou da construção de todos os conjuntos habitacionais propostos no passado e diz que o grande empecilho para atender à população que ganha até cinco salários mínimos sempre foi a inflação alta, a falta de crédito e o desemprego. "Com exceção do emprego, que já voltou a se recuperar, as outras variáveis não incomodam mais", explica. Sua opinião não é isolada. Elias Moraes Borges, diretor administrativo da Borges Landeiro, maior construtora do Centro- Oeste, conta que já comprou um terreno de 200 mil m2 nos arredores de Goiânia, em Goiás, para construir mais de oito mil apartamentos de 65 m2 cada um, se o Plano Nacional de Habitação contemplar o que o governo tem prometido. "A minha única preocupação é com a capacidade de gerenciamento da Caixa. Hoje as empresas não conseguem ter acesso ao crédito quando dependem da Caixa", reclama Moraes Borges.
Aos investidores em Nova York, o presidente Lula também garantiu que o governo vai continuar irrigando a economia. "Não vamos nos apequenar diante da crise. Não cortarei um centavo do gasto social, nem da infraestrutura. Vamos continuar estimulando de forma responsável o consumo dos brasileiros. Garantiremos, assim, a preservação e ampliação do emprego no nosso país", disse Lula. Até agora, parece que está dando certo.
Fonte: Estadão
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