O aterro sanitário de Cianorte – sob gestão da Sanepar – será o primeiro do Paraná a gerar energia elétrica a partir da utilização do Biogás. O contrato para implantação do sistema foi assinado na semana passada pelo diretor comercial da Sanepar, Natálio Stica, e pelo prefeito municipal, Edno Guimarães. A empresa vai aplicar R$ 1 milhão na execução da obra, prevista para iniciar ainda este ano. Os recursos serão financiados pela Caixa e não terão custo para o município. A gestão do lixo na cidade é feita pela Sanepar deste 2002 e considerada modelo para todo Brasil.
De acordo com o diretor, a energia gerada inicialmente será utilizada no próprio aterro, mas a intenção da empresa é ampliar o seu uso. “Assim que o sistema entrar em funcionamento a Sanepar deverá requerer, junto à Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, autorização para comercialização da energia excedente para a Copel”, informou Stica. Ele destacou que o aproveitamento do gás metano irá reduzir os impactos ambientais na atmosfera. “Isto vai possibilitar a obtenção de créditos de carbono, gerando com isto mais recursos para serem reinvestidos no sistema”, disse.
Para o prefeito, os investimentos em saneamento são sempre importantes, pois garantem boas condições de vida para a população. “A cidade é muito bem atendida pela Sanepar nos serviços de água e esgoto. Na área do lixo a empresa também tem realizado um bom trabalho e esta nova experiência com a utilização do biogás produzido no aterro será muito boa para Cianorte, principalmente no que se refere à preservação do meio ambiente”, enfatizou Guimarães.
Aterro regionalizado
Natálio Stica aproveitou a visita para se reunir com os vereadores da cidade. Entre os temas discutidos estava a implantação da operação regionalizada do aterro sanitário. Para que a regionalização seja implementada, a Câmara Municipal precisa aprovar uma lei autorizativa, permitindo o recebimento de resíduos de outros municípios. Entre as cidades interessadas estão Terra Boa e São Tomé. Além do prefeito e dos vereadores, também participaram da reunião o coordenador de clientes da Sanepar, José Aparecido Fogaça, e o assessor de novos negócios da companhia, Nuno Alves Pereira.
“A operação regionalizada deverá trazer muitas vantagens, pois irá permitir uma economia de escala, devido à otimização do uso de equipamentos e pessoal. A diminuição do uso de áreas impactantes, por meio de uma gestão mais eficiente, também será possível, reduzindo assim os danos ambientais”, explicou Stica. Outra vantagem apresentada pelo diretor é a possibilidade de ampliar a geração futura de energia elétrica a partir do biogás. A comercialização do excedente irá proporcionar a obtenção de mais recursos para serem aplicados nas unidades de tratamento e coleta de lixo.
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