Antes mesmo de concluir o curso técnico e alcançar a maioridade, a jovem Andressa Carnevalli, de 18 anos, conquistou, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, o sonhado emprego. Ela foi contratada por um dos maiores conglomerados siderúrgicos do país. A técnica em metalurgia acabou selecionada em um programa de caça-talentos desenvolvido pela empresa em parceira com escolas tecnológicas. Fez o estágio de quatro meses e assumiu o posto logo em seguida, em dezembro de 2007. Hoje, ganha R$ 1,9 mil mensais.
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“Pela minha idade, o salário é bom e atende as necessidades”, assinala Andressa, que também superou preconceitos e abriu espaço numa área dominada por homens. A técnica não teme as borras que se desprendem do aço em estado líquido nem as altas temperaturas da aciaria: “Não há uma rotina, apesar de fabricarmos a mesma coisa todos os dias.
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A cada hora ocorre uma coisa diferente no processo, que faz você ficar ligado o tempo todo”.
Andressa frequentou, durante dois anos, o curso de metalurgia do Centro Técnico Universitário (CTU), que foi desvinculado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A unidade e outras três tradicionais escolas técnicas da Zona da Mata passaram a integrar o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas (Ifet/Sudeste/MG).
A mudança evidencia uma profunda transformação no ensino técnico nacional, que agora conta com uma organização.
Cada estado tem um Ifet, congregando todos os institutos técnicos instalados nos limites territoriais. “A vantagem é a racionalização de verbas e de pessoal. Em vez de 354 autarquias no país, teremos apenas 38”, conta o reitor do Ifet Sudeste de Minas, Mário Vieira, nomeado em janeiro pelo Ministério da Educação (MEC).
Minas Gerais é a única exceção. Tem cinco e não apenas um instituto: Ifet MG, em Belo Horizonte; Ifet Norte de Minas, em Montes Claros; Ifet Triângulo Mineiro, em Uberaba; Ifet Sul de Minas, em Pouso Alegre; e o Ifet Sudeste de Minas, que tem a reitoria em Juiz de Fora. A nova configuração prevê formação técnica verticalizada, com ofertas de cursos do ensino básico ao doutorado, passando pelos cursos técnicos de nível médio, superior tecnológicos, licenciaturas, bacharéis e engenharias.
Uma das prerrogativas do MEC é que 50% das vagas sejam destinadas ao ensino técnico em nível médio. Nesse caso, as disciplinas do currículo comum serão integradas às profissionalizantes.
Segundo Mário, os câmpus funcionam em tempo integral e os que oferecem cursos técnicos em ciências agrárias ofertam alojamento, alimentação, lavanderia, entre outros benefícios, aos alunos.
Inovador
Além da educação focada na geração de emprego e renda, a visão regional é uma das particularidades dos Ifets. As pesquisas buscarão fortalecer o desenvolvimento econômico, social e ambiental da região onde os câmpus estão inseridos. “As universidades, muitas vezes, têm soluções para o problema, mas nem sempre elas chegam à população, pois ficam presas em departamentos e bibliotecas”, diz Vieira. O reitor do Ifet Sudeste de Minas avalia que a possibilidade de ingressar mais cedo no mercado de trabalho é um atrativo, especialmente para as jovens de famílias carentes. “Mesmo em momentos de crise, há um déficit de mão-de-obra qualificada”, ressalta.
De acordo com Mário Vieira, nos primeiros anos de funcionamento o maior desafio será o de “consolidar o instituto como algo inovador, ousado, que reúna diferentes combinações e que, apesar da complexidade, se transforme numa referência no ensino profissional e tecnológico”, conclui. O governo federal aposta nos Ifets para desenvolver as economias regionais. Em Brasília, durante a posse dos 38 reitores eleitos dos institutos, o ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou investimentos de R$ 750 milhões na implantação do programa.
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“Os institutos, agora, têm tão ou mais importância do que as universidades. O bacharelado clássico não resolve a questão do desenvolvimento local. A educação profissional é que vai mudar o quadro econômico de cada região”, pondera Haddad. Os recursos de custeio e capital dos Ifets estão no orçamento do MEC, que, em este ano, antes do contingenciamento proposto pelo Ministério do Planejamento, era de R$ 40,5 bilhões.
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