O segmento de equipamentos para obras de infraestrutura provou que está longe da crise. A M&T EXPO 2009 – 7a Feira Internacional de Equipamentos para Construção e 5a Feira Internacional de Equipamentos para Mineração, realizada de 2 a 6 de junho, em São Paulo, projetou negócios da ordem de R$ 3 bilhões para os próximos três anos, e está consolidada como a feira do PAC da construção.

Inserida no calendário mundial entre as mais importantes do segmento da construção pesada, a edição encerrada no último sábado teve representados 32 países e recebeu pelo menos 60% a mais de visitantes que na edição anterior, muitos deles de países da América Latina e outro estados brasileiros. Foram mais de mil equipamentos expostos, cada um com valor médio de R$ 200 mil.

Realizada pela SOBRATEMA – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção em parceria com a Alcantara Machado, a feira bateu todos os recordes: 425 expositores e mais de 500 marcas, dos quais 191 empresas que mostraram seus produtos pela primeira vez no país, comprovando o forte interesse o mercado internacional e que a as obras de infraestrutura no Brasil e América Latina passaram a ser solução para a crise mundial.

Para o presidente da SOBRATEMA, Afonso Mamede, a M&T EXPO 2006 confirmou sua vocação como feira do mercado latino americano. “Durante a fase anterior à realização visitamos países para contatar as principais associações empresariais ligadas à construção e à mineração, no sentido de levar essa mensagem de latinidade e convidá-los para participar conosco da feira. A acolhida foi muito calorosa e estiveram presentes representantes da Argentina, Bolívia, Cuba, Colômbia, Equador, Peru, Venezuela e Uruguai”, informa Mamede.

“Foi a melhor de todas as edições, a feira teve visitantes de perfil comprador e que foi fazer negócios”, observa o assessor de marketing da Dynapac, Luiz Alberto Catta Preta. Ele informa que vendeu 225 equipamentos, e os lançamentos apresentados no estande fizeram muito sucesso. “Sabemos que o mercado está aquecido e há boa demanda por máquinas, mas nossas expectativas foram realmente superadas com a M&T EXPO, vendemos para clientes da América Latina e, inclusive, reforçamos contato com várias empresas”, diz.

A Case Construction Equipment comercializou 220 equipamentos. Esse número é quase 200% maior que a expectativa feita pela empresa antes do início do evento. “O resultado que alcançamos até agora é surpreendente. Ele mostra a importância desta feira para alavancar negócios e reforça que o Brasil é o país com as melhores condições para superar essa crise mais rapidamente, tanto na América Latina quanto no resto do mundo”, avalia o diretor comercial, Roque Reis.

A Terex comercializou 88 equipamentos, para André Freire, presidente para a América Latina da Terex: “Todas as expectativas quanto à participação no evento foram concretizadas, obtivemos excelentes resultados no contato com novos e potenciais clientes e na consolidação da marca Terex. Em nossos estandes recebemos visitantes de todo o Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Peru, Venezuela e de outros países da Europa”.

A Volvo Construction Equipment Latin America construiu um estande verde, com grande parte montada com materiais ecologicamente corretos e apresentou seu lançamento em um “balé” de máquinas. Os pipelayers PL4608 e PL4611 estavam entre os equipamentos apresentados, com capacidade inerente de giro em 360 graus que mantém o operador sempre de frente para a carga. “Esta é uma vantagem importante em relação às máquinas com side booms, onde o operador, no melhor dos casos, trabalha lateralmente à carga e, freqüentemente, precisa olhar para trás”, afirma Yoshio Kawakami, presidente da empresa.

A New Holland comercializou 126 máquinas e gerou aproximadamente R$ 37 milhões. Segundo Carlos Sighicelli, diretor de marketing da empresa, hoje existem quatro famílias disponíveis para o Brasil que foram divididas em mineração representadas por E485B, E385B e W190B. “A Infraestrutura com as E215B, RG170B e D150XLT, a construção civil com as E50B, LB110 e M428 e que agrega mais dois modelos a L170 e L 175. Sendo a mais versátil, a W130TC para agronegócio, dirigida tanto para o movimento de fertilizante como para a cana de açúcar”.

A Hyundai vendeu 65 máquinas com aproximadamente R$ 45 milhões faturados nos cinco dias da feira. A marca trouxe para a M&T Expo a linha 7A, disponível nos modelos HL 757-7, HL 757, TM-7 e HL 757XTD-7 e a escavadeira R160LC-7 entre outros modelos. Segundo Felipe Cavalieri, presidente da Hyundai Brasil, a idéia é oferecer a melhor solução para o cliente sem se preocupar se ele vai levar uma máquina mais cara ou não: “Gosto de brincar que quando um cliente chega, ele tem uma carta com várias opções”.

Fonte: Estadão