Segundo levantamento feito pela Ernst & Young nos primeiros meses de 2009, o Brasil ocupa apenas a 21º posição no ranking dos países com a melhor estratégia para energia renovável. No estudo, que aborda o período até o mês de maio, três das maiores economias do mundo ocupam as primeiras colocações. Os EUA lideram o ranking, seguidos pela Alemanha e pela China.
O estudo leva em consideração não apenas as estratégias futuras, como também a atual infra-estrutura de energia renovável de cada país.
“Elaboramos um plano de pontuação em relação ao dano que a energia causa ao meio ambiente. Enquanto a produção de energia eólica brasileira recebeu pontos positivos, a produção por meio de combustão de biomassa gerou pontos negativos”, diz o diretor de sustentabilidade da Ernst & Young, Joel Bastos.
O levantamento reitera o esforço das principais nações em alterar matriz de suas prioridades energéticas. “Além da “agenda verde”, em pauta nos últimos anos, o motivo desta alteração pode ser a inconstância nos preços das fontes de energia fóssil, além de sua previsível escassez em médio prazo. Dessa forma, com o avanço principalmente das tecnologias eólica e solar, a produção de energia limpa passa a ser viável”, explica Bastos.
No sentido de ressaltar os méritos e repassar as estratégias, o estudo aborda pontualmente os planos dos países mais bem colocados no ranking. EUA, Alemanha, China, Índia e Reino Unido são lembrados como grandes países onde a produção de energia renovável se tornou uma necessidade. Já Itália e Espanha são ressaltadas pelo investimento em tecnologia para o setor, enquanto a Polônia, apenas 15º no ranking, é apresentada como um país de alto crescimento no uso de energia renovável, especialmente no setor eólico.
Embora o Brasil não seja lembrado pontualmente pelo estudo global da Ernst & Young, o país apresenta posição intermediária – 15º colocação – no ranking de países com estratégias para geração de energia eólica no curto prazo, à frente de países desenvolvidos como Suécia e Japão.
Outro ponto considerado positivo para o Brasil é seu potencial para a exploração de energia solar. Embora a tecnologia ainda seja cara, e o país não tenha desenvolvido uma política eficiente de incentivos, as condições climáticas, com um período de exposição solar constante no ano, lhe conferem certo destaque, com a 13º colocação neste ranking, liderado pelos EUA. A Alemanha e a Espanha são lembradas como países capazes de elaborar projetos eficientes e a baixo custo para aproveitamento da energia solar.
Ranking Energia renovável até maio 2009: EUA -70 | Alemanha 66 | China- 63 | Índia – 62 | Espanha- 61 | Itália- 59 | Reino Unido -58 | França -57 | Canadá -54 | Portugal- 54 | Irlanda -52 | Austrália- 51 | Grécia -51 | Suécia -50 | Holanda -46 | Polônia -46 | Dinamarca -45 | Bélgica -45 | Noruega- 45 | Brasil- 44 | Nova Zelândia -42 | Japão -42 | Turquia -42 | Áustria -34 | Finlândia -33. Fonte: Ernst & Young .
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