A cidade de São Paulo já deu a largada para a Copa do Mundo 2014. Em palestra na tarde de hoje na Câmara Municipal, Caio de Carvalho, presidente da São Paulo Turismo e do Comitê Paulista para a Copa, afirmou que a cidade receberá investimentos em torno de R$ 32 bilhões, todos voltados para a infraestrutura da cidade. Ele explica que são ações já planejadas para serem feitas até 2020, mas em virtude dos Jogos serão adiantadas.

Contrariando a opinião de muitos, Carvalho garantiu que o principal legado deixado com os jogos será a melhoria na infraestrutura e não a modernização do Morumbi ou construção de um novo estádio. “A construção de estádio, como já saiu na grande imprensa, é algo inviável, já que todos os times de São Paulo, com exceção do Corinthias, já têm um estádio próprio. E vale ressaltar que o Corinthians não vai sair do Pacaembu. Já a reforma no Morumbi é pensada e dita pelo São Paulo Futebol Clube e demos a eles um prazo até o final de agosto para se pronunciarem se aceitam ou não. Caso contrário, vamos procurar uma outra alternativa”, disse.

Em relação às melhorias na cidade, Caio de Carvalho destacou a construção da Linha Amarela do metrô, que passa inclusive pelo estádio do Morumbi, um trem ligando a rodoviária Jabaquara, ponto final da linha azul do metrô, até o aeroporto de Congonhas, além de melhorias e ampliação em Congonhas, Guarulhos e Viracopos, em Campinas.

“A Copa pode ser o maior negócio da cidade, desde que deixe o legado. É preciso tomar cuidados para que não haja erros como aconteceram no Rio de Janeiro com o Pan, por exemplo”, ressaltou o presidente da SP Turis.

Caio resumiu sua participação dizendo que a cidade terá que trabalhar em quatro grandes eixos de atuação: promoção turística e comercial, modernização da infraestrutura local e regional com foco na mobilidade urbana, capacitação e qualificação profissional dos serviços e reforma do Morumbi e adequações à realidade da Fifa. Cumprindo estas etapas, os resultados, segundo ele, serão aumento de emprego, melhor e maior fluxo de turistas, fortalecimento da marca São Paulo, além de capacitação e qualificação de profissionais que trabalham de forma direta e indiretamente com turismo – somente taxistas serão 32 mil.

Fonte: Estadão