“Sabemos que tem petróleo ali e é natural que trabalhemos para tentar produzi-lo o quanto antes, desde que faça sentido do ponto de vista empresarial e não coloque em risco o reservatório”, afirmou Formigli. As duas plataformas terão capacidade para produzir 120 mil barris por dia e, segundo o planejamento da Petrobras, representam o segundo e o terceiro projetos-piloto do pré-sal de Santos – o primeiro será instalado em Tupi, no final de 2010.
Formigli informou que a empresa já está consultando o mercado sobre a possibilidade de antecipar a entrega das plataformas, que já estão em licitação e deverão ser projetadas a ponto de garantir um alto índice de conteúdo nacional. As duas embarcações serão afretadas pela estatal e convertidas em plataformas produtoras de petróleo a partir de navios petroleiros.
A antecipação da produção no pré-sal faz parte de uma estratégia elaborada com o objetivo de garantir fluxo de caixa para ajudar a bancar os grandes investimentos esperados para a fase definitiva de produção nas novas jazidas, que deve ter início a partir de 2013.
Segundo o cronograma da empresa, a primeira fase do pré-sal terá, além dos três pilotos, oito plataformas com capacidade para 150 mil barris por dia.
Formigli disse que a empresa ainda não bateu o martelo, mas que tende a instalar os dois pilotos em Guará e Iara. A primeira descoberta está no bloco BM-S-9, ao lado de Carioca, e ainda não tem estimativa de reservas oficiais.
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Já Iara está no mesmo bloco de Tupi e tem reservas projetadas entre 3 bilhões e 4 bilhões de barris de petróleo e gás.
O desenvolvimento de todo o potencial da área dependerá ainda de uma segunda fase de produção, com início a partir de 2017.
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A empresa, no entanto, ainda estuda o melhor modelo para essa fase, que vai depender do desenvolvimento de tecnologias específicas para a região – esforço que vai tentar superar obstáculos como a logística grande distância da costa e o escoamento do petróleo e do gás.
Em palestra na feira Brasil Offshore, Formigli disse que o financiamento para o pré-sal não é mais visto como um problema para a companhia, devido à elevação do preço do petróleo para patamares acima de US$ 60 por barril. Ele reforçou que os projetos são viáveis com óleo em torno dos US$ 40 por barril e que uma cotação superior se traduz em maior geração de caixa para financiar futuros investimentos. “A geração de caixa está boa e podemos reaplicar o dinheiro relativamente rápido”, comentou o executivo.
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Além disso, a companhia está cada vez mais confiante em redução de custos no setor. Os investimentos de US$ 98,8 bilhões projetados para o pré-sal foram calculados com base em custos inflacionados pelos altos preços do petróleo no ano passado.
Fonte: Estadão
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