O presidente da Vale, Roger Agnelli, negou rumores de que a companhia brasileira teria voltado a olhar com interesse a mineradora anglo-suíça Xstrata, que ano passado foi alvo de uma oferta pela mineradora brasileira.

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“A Xstrata não está no nosso radar”, disse. Esta semana, um jornal inglês publicou uma reportagem afirmando que a Vale iria se juntar com a chinesa Chinalco para olhar com interesse para a Xstrata e a Anglo American. “Não tem nenhuma conversa, absolutamente nada, nenhum tipo de movimentação”, afirmou.

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Segundo Agnelli, a Vale está envolvida em rumores desse tipo por ser hoje “uma empresa forte, com capacidade de fazer movimentos estratégicos no mundo da mineração.” E completou: “Todo mundo vai ficar especulando o tempo inteiro.

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Mas eu digo o seguinte: estamos quietinhos, tocando nosso investimento. Temos uma carteira enorme de investimentos, então temos que ir com calma.”

China

O presidente da Vale descartou também uma adesão integral da China ao mercado à vista (spot) de minério de ferro. “A hipótese de toda a China migrar para o mercado spot é absolutamente descartável. Acho que essa hipótese não existe”. Mesmo assim, o executivo enfatizou que a mineradora brasileira está preparada para atender ao crescimento atual das vendas à vista na região. “Se (a China) quiser ir para o spot, estamos prontos”, afirmou.

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Agnelli, porém, alerta que as negociações no mercado à vista geram mais volatilidade. “Talvez no curtíssimo prazo poderia fazer algum sentido, mas no longo prazo, se os mercados retomarem (a demanda), isso vira um inferno para administrar a questão do preço”, disse.

O executivo voltou a defender o sistema de benchmark (referência) para o mercado de minério de ferro. Segundo ele, as negociações deste ano estão demorando porque a ideia de se criar um índice para referenciar o preço da matéria-prima (commodity) trouxe um “pouco mais de agito ao processo.

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” Agnelli afirmou que o benchmark já foi fixado nas negociações com a siderúrgica ArcelorMittal, maior cliente da Vale, e também nos acordos fechados com siderúrgicas no Japão e na Coreia do Sul.

“Esse é o preço que entendemos ser o benchmark. Quem quiser continuar com contrato de longo prazo, o benchmark está formado no mundo inteiro.

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(…) Se o cliente quiser uma estratégia diferente, nós vamos para o spot”, disse.

O executivo lembrou que, para atender às mudanças de mercado, a Vale investiu em aumento de sua frota marítima e hoje já tem 25 grandes navios para atender basicamente o mercado asiático.

Fonte: Estadão