Restam duas alternativas para a retomada das obras de recuperação do Porto de Itajaí. Com a intenção de convencer os ministros, sobre a urgência das obras, aconteceu ontem, em Brasília, uma reunião no Tribunal de Contas da União (TCU). Capitaneada pelo prefeito de Itajaí, Jandir Bellini (PP), e representantes do porto, os ministros ouviram pedidos de clamor e urgência para que analisem os processos e as obras sejam retomadas.

O problema é que a Secretaria Especial de Portos previu determinado tipo de obra para a reconstrução dos dois berços, atingidos pelas enchentes do ano passado.
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No entanto, a licitação não contempla a real necessidade. De fato, a previsão era que as estacas de sustentação não precisassem passar dos 30 metros de profundidade, porém, após a dragagem do canal, descobriu-se que é preciso chegar a 50 metros para a reconstrução dos berços.
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Segundo o prefeito Bellini, restam duas alternativas.
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Para que as obras sejam retomadas imediatamente é preciso pagar um valor adicional. “Essa seria a primeira alternativa para que as empresas que estão com a mão na massa continuem os trabalhos”. A outra é cancelar o atual contrato; e fazer um novo, com as especificações corretas.

Julgamento no TCU

A questão que levou o prefeito às conversas no TCU são as modalidades dessa nova licitação. Cabe ao tribunal analisar se é o caso de emergência ou um processo de licitação normal, o que levaria meses.



“Fomos até o TCU para sensibilizar os ministros, para que julguem não só com a razão, mas com a emoção, pois praticamente todos os 160 mil habitantes da cidade estão no prejuízo. É um caso social”, explicou Bellini na saída do TCU.

Povo no prejuízo

O presidente da Associação Empresarial de Itajaí, Marco Aurélio Seára Júnior, que participou da reunião anteontem (21) na Secretaria Especial de Portos, em Brasília, confirmou os prejuízos de toda a região. “Pelo menos ficou claro o próximo caminho a ser tomado.
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Estamos preocupados, porque a gente sabe que a situação não é muito confortável, mas temos esperança, em função do que foi conversado hoje, das possibilidades de nós retomarmos as obras.”

Segundo o dirigente empresarial, toda a cidade amarga com prejuízos. “Cada contêiner que deixa de ser movimentado no Porto de Itajaí gera um prejuízo em torno de R$ 1.600,00. Considerando um comparativo de outubro do ano passado, com junho desse ano, nós tivemos um decréscimo de 25 mil contêineres, isso já dá um número de R$ 40 milhões por mês”.

Fonte: Estadão