“A dragagem é um item, mas não adianta ter estrutura para receber navios de grande porte se não acabar com a burocratização do processo”. A avaliação é de Luis Fernando Resano, diretor de Sistemas de Informação da Secretaria Especial de Portos (SEP), em entrevista exclusiva ao PortoGente. Resano esteve em Vitória (ES), na última quinta-feira (30), para falar sobre o projeto Porto Sem Papel a empresários da indústria local.

Resano explicou que o projeto pretende colocar, numa mesma base de dados, a Receita Federal, a Polícia Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e demais órgãos que hoje atuam nos portos. “São todos anuentes na atividade e todos vão trabalhar juntos”.

O diretor da SEP observou que projeto não se limita apenas ao comércio exterior, a cabotagem também será beneficiada.

Para ele, o que existe hoje de mais burocrático nos portos brasileiros é a aprovação como um todo. “As autoridades têm seus deveres constitucionais e suas atribuições legais e têm que dar anuência em todo o processo.
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O Porto Sem Papel não tira a autoridade de ninguém. Mas [ele] vai permitir uma base de dados, com análise de risco, para que possam atuar nos pontos necessários”.

Resano crê que a logística portuária irá ser incrementada com a desburocratização.

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“Vai colocar os portos brasileiros no mesmo patamar dos portos internacionais, aumentando a competitividade. Isso vai fazer o comércio ser mais rápido entre os portos”.

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Fonte: Estadão