“Não vejo restrições na capacidade de financiar esses investimentos, o mercado vai criar mecanismos para isso. Vejo como muito mais impactante a inexistência física de navios, máquinas, equipamentos, sondas, válvulas.
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Além disso, é possível que no futuro tenhamos algumas limitações de mão de obra, porque o volume de demanda por técnicos especializados vai crescer.
É necessário investir em treinamento de mão de obra, em novas indústrias e densificar a cadeia produtiva para que o pré-sal possa se desenvolver com a rapidez adequada”, afirmou ele, após conceder entrevista ao programa Brasil em Pauta, da EBC Serviços, da Empresa Brasil de Comunicação.
Durante o programa, Gabrielli voltou a defender uma divisão “mais igualitária” entre os estados brasileiros dos recursos provenientes dos royalties do pré-sal. Ao enfatizar que se trata de uma opinião pessoal, ele disse que os estados produtores podem receber um volume maior, “mas não na proporção que é hoje, uma vez que o volume [de recursos gerados com a atividade] vai ser muito grande”.
O presidente da Petrobras também reiterou que a estatal tem condições de operar sozinha na atividade, o que, segundo ele, pode permitir uma maior eficiência em todo o processo.
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“Dado o tamanho da operação, é melhor que a montagem de infraestrutura seja feita de forma a otimizar o sistema como um todo e não partido, pulverizado. É a única maneira de garantir que se constitua uma indústria nacional forte, evitando a maldição do petróleo, que é ter um setor crescente forte sem que haja no país nenhuma outra atividade”, explicou.
Ele destacou, no entanto, que esse cenário envolverá também diversas empresas nacionais e estrangeiras, que poderão atuar em parceria com a Petrobras, oferecendo e contratando serviços de várias naturezas.
Gabrielli lembrou que estatal responde por mais de 88% das operações no mar brasileiro e por 23% das operações mundiais em águas profundas.
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Também destacou que estão previstos investimentos de mais de US$ 174 bilhões para os próximos cinco anos, dos quais cerca de US$ 30 bilhões devem ser destinados à atividade de exploração do pré-sal.
Fonte: Estadão
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