A Vale firmou nessa quarta-feira protocolo de intenções de investimentos com o governo de Minas Gerais para aplicar R$ 9,5 bilhões em novos projetos no estado, deste ano até 2013. Os recursos estão garantidos pela geração própria de caixa da companhia, anunciou o presidente da mineradora, Roger Agnelli, que confirmou recuperação expressiva da economia mundial nos últimos meses.
Com a reação das vendas – principalmente na China, de acordo com o executivo -, a mineradora decidiu acelerar planos que até então estavam no papel. O maior deles, batizado de Projeto Apolo, vai consumir R$ 4,4 bilhões e consiste na abertura de uma mina com capacidade de produção de 24 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e implantação de uma usina de beneficiamento da matéria-prima nos municípios de Caeté e Santa Bárbara, na Região Central do estado.
Em Itabira, onde a Vale fez duros ajustes de produção depois da crise, a Vale confirmou a disposição de desembolsar R$ 2,6 bilhões na construção de uma usina na mina de Conceição, para aproveitar 500 milhões de toneladas de minério do tipo itabiritos pobres.
Outra usina, também para beneficiamento de minério, será construída no complexo de Vargem Grande, de Nova Lima, com investimentos de R$ 2,3 bilhões.
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Empregos
Os três projetos vão gerar 2,2 mil empregos até 2015 nas novas operações, beneficiando ainda as cidades de Raposos, Rio Acima e Barão de Cocais. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Sérgio Barroso, a mineradora terá um acréscimo de produção de 50 milhões de toneladas de minério anuais com o novo plano de investimentos.
“A Vale definiu a partida para esses investimentos nos últimos 30 dias”, afirmou Barroso.
O anúncio lotou a sala de recepções do Palácio da Liberdade, com a presença de representantes do primeiro escalão da companhia, a exemplo do diretor de Finanças e Relações com Investidores, Fábio Barbosa, e o diretor de Ferrosos, Silmar Silva.
“Nós tivemos de fazer ajustes doloridos e ajustes relativamente fortes nas nossas operações não só aqui no Brasil, como no mundo inteiro, e graças a Deus nesses últimos meses a gente tem sentido que a situação da economia mundial tem melhorado bastante.
A China está mantendo um ritmo muito forte e deve manter esse ritmo forte por alguns anos. Isso nos dá um conforto muito grande de poder fazer planos mais ousados e mais audaciosos em termos de investimentos”, destacou Agnelli no discurso que fez diante do governador Aécio Neves, e de prefeitos de cidades mineradoras do estado.
O presidente da Vale justificou as duras medidas de corte da produção e de pessoal da mineradora em função do baque sofrido pelos setores de mineração e siderurgia, com a turbulência na economia.
“Eu diria que foram, com os bancos, os três setores mais afetados no mundo nesses últimos 12 meses”, disse. Ainda em seu discurso, o executivo destacou que espera, agora, cenário bem diferente das dificuldades do fim de 2008 para os próximos três a quatro anos.
Agnelli afirmou que a Vale está num momento em que precisa reestruturar alguns ativos, em função de minas que têm custos relativamente elevados e entraram na fase final da vida útil – e, portanto, terão de ser substituídas por novas reservas. “Temos de acelerar esse processo todo”, garantiu.
Fonte: Estadão
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