O Instituto Acende Brasil quer, a partir de um cenário atualizado do setor, buscar o norte que irá determinar as principais políticas a serem implantadas para geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
A conferência e exposição Brazil Energy Frontiers 2011combina duas visões nesta direção:a de especialistas estrangeiros que têm em sua bagagem profissional esse conhecimento global com a de especialistas nacionais de notório saber e reconhecimento. “Queremos ter a visão do mundo sobre as questões do setor elétrico, mas ancorando esta visão à realidade brasileira, para que possamos escolher o nosso caminho”, indica Claudio Sales, presidente do Instituto.
ü O Brasil tem múltiplas alternativas para gerar energia. Quais escolhas faremos com relação à expansão da geração?
ü O que é melhor: leilões genéricos, abertos à participação de qualquer tipo de geração de energia, onde todas as fontes competem entre si privilegiando o menor custo, o aspecto econômico? Ou leilões por fonte, privilegiando o ambiental?
ü A expansão da transmissão permite acessar usinas de maior capacidade e menor custo de geração, mas coloca em risco a segurança energética pela transferência de grandes blocos de energia de longa distância. Como medir os prós e contras para fazer a escolha certa?
ü Como serão solucionadas as questões que envolvem energia, pessoas e ecossistemas? Como se dará a comunicação com a sociedade sobre impactos econômicos, sociais e ambientais?
ü A atividade de distribuição de energia envolve o fenômeno do monopólio natural, que pressupõe uma tarifa regulada, quais são as fronteiras dessa regulação? O que se avançou no mundo em relação a isso?
ü No Brasil, empresas estatais têm papéis diversos que implicam conflitos frequentes. Ora atuam como órgãos de governo, ora como gestoras e executoras de políticas públicas, ora como empresas no mercado competitivo. Como proteger as estatais destes conflitos, fortalecendo-as para que tenham condições de gerar mais valor? Que correções, aperfeiçoamentos, se pode fazer em busca de maior eficiência?
Estas são algumas das interrogações que surgem quando se pensa no setor elétrico e as novas fronteiras globais e que se pretende ver, de algum modo, respondidas nos dois dias de conferências e debates.
Na abertura, JeremyRifkin, consultor econômico da União Européia em questões ligadas a Mudanças Climáticas e Segurança Energética e principal arquiteto da Terceira Revolução Industrial da União Européia, fala das tendências globais para a expansão da oferta, deixando a cargo do professor-doutor José Goldemberg, ex-ministro, selecionado pela "Time Magazine" como um dos treze "Heroes of the Environment in the category of Leaders and Visionaries 2007", a conferência sobre os desafios locais.
A visão de mundo no painel “Pessoas, Ecossistemas e Energia” será a de Christopher Flavin, presidente emérito do Instituto Worldwatch e uma das principais vozes no mundo a defender a necessidade de construir uma economia de baixo carbono para atender às necessidades humanas e dos sistemas da Terra. A cor local sobre o tema, de modo a construir um cenário robusto para suportar as decisões empresariais, acadêmicas, governamentais e regulatórias que definirão as fronteiras do negócio “energia” nas próximas décadas, ficará a cargo do professor-doutor Roberto Schaeffer, associado do Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC) das Nações Unidas.
Stephen Littlechild, primeiro diretor geral da agência reguladora do setor elétrico do Reino Unido,
reconhecido como formulador da política tarifária de Telecom na Inglaterra estará no painel “As Fronteiras da Regulação” ao lado do engenheiro José Mario Abdo, primeiro diretor da Aneel.
A questão estatal e/ou privada será abordada nas conferências de Christopher Garman, diretor de Mercados Emergentes da Eurasia Group, empresa de consultoria e pesquisa global dedicada à análise de Risco político e geopolítico, e o doutor em Economia pela Universidade de Cambridge, Eduardo Gianetti, professor da Ibmec Educacional.
De nossas universidades, ainda, com a responsabilidade de contextualizar o Brasil no mundo, os debatedores Maurício Tolmasquim, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); Sérgio Bajay, da Unicamp; Virgínia Parente, da USP; Bernardo Mueller, da UnB; Gilberto Jannuzzi, da Unicamp; Ronaldo Seroa da Mota, do Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (IPEA);eJosé W. Marangon, da Unifei.
Agenda
Brazil Energy Frontiers 2011
Dias 22 e 23 de agosto, das 8 às 17h30
Sheraton São Paulo WTC Hotel
Av. das Nações Unidas,12.559
Brooklin Novo, São Paulo, SP
Mais informações:
http://www.brazilenergyfrontiers.com/
Fonte: Estadão
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