O Brasil poderia ter avançado muito mais nas concessões rodoviárias. Meticulosidade nas questões do preço dos pedágios, má-gestão do processo das licitações e outros problemas adiaram as novas concessões. Mas as estradas que passaram aos cuidados da iniciativa privada desde o começo dos anos 90 do século passado continuam a ser apresentadas como exemplos de rodovias seguras, bem pavimentadas e sinalizadas. O Brasil, hoje, possui 37 concessionárias de rodovias. Destas, 36 se encontram em funcionamento. Há seis concessionárias federais, 29 estaduais e uma municipal (Linha Amarela, Rio de Janeiro). Operam em sete estados: Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. No conjunto, elas cobrem 9.851 km de rodovias, o que representa 6% da malha rodoviária pavimentada em todo o País. Embora o percentual seja aparentemente pequeno, o fato é que os trechos concedidos concentram o fluxo de tráfego das regiões produtoras mais significativas (Sul e Sudeste), onde se registra intensa movimentação de veículos leves e pesados. Nesse conjunto, o volume de investimentos, por parte das empresas concessionáriass, é considerado expressivo: R$ 11,9 bilhões no período de 1996 a 2006. Em contrapartida, a contribuição das concessionárias, no mesmo período, relativamente a tributos federais e com a arrecadação de Imposto sobre Serviços (ISS) é considerado também expressivo: R$ 3,4 bilhões.
Fonte: Estadão
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