Projetos que fazem a história da via

Dentre as obras já realizadas pelo Grupo Via, a Ponte JK que cruza o lago Paranoá, em Brasília, ficou notabilizada mundialmente pela linguagem moderna proporcionada pelo uso do aço e inspiração bucólica. A obra ficou a cargo da Via Dragados que empregou tecnologias avançadas para materializar o desenho do arquiteto – inspirado no lançamento de um pedregulho na água.

A ponte conta com 1.200 n de comprimento e 24 m de largura, seis faixas de rolamento com 3,10 m de largura, mais ciclovia e passeio lateral para pedestres. Foi concebida em estrutura mista de concreto e aço, estaiada, totalizando 28.800 m² de área. Para dar leveza à estrutura, optou-se pela utilização do aço do tipo SAC-50, de elevada resistência mecânica aos esforços, empregando-se peças de pequenas dimensões e de aparência delicada. A linguagem metálica deu o efeito de contemporaneidade, e economia da formas arquitetônico-estruturais, que fazem da ponte hoje um dos mais lembrados cartões postais da cidade.

Museu Nacional de Brasília – Conjunto composto de três edificações, que inclui o museu, prédio das instalações e restaurante, com área construída de 14.789,02 m². O prédio das instalações se compõe em um anexo externo, subterrâneo, ligado ao museu por um túnel. Trata-se de estrutura especial, formato de casca dupla com nervuras radiais e circunferenciais, composta externamente por duas formas geométricas distintas: entre o piso térreo e o nível do pavimento de exposições, a casca tem a forma de um tronco de cone, com diâmetro na base de aproximadamente 76 m, complementado por um setor esférico, tangente ao cone, com uma altura total de 26,40 m, sendo que a casca interna mantém a forma de um setor esférico desde o topo até o pavimento térreo. O museu dispõe de duas rampas externas além dos seguintes pavimentos: Subsolo, Térreo, Exposições e Mezanino. O restaurante, em forma circular, constitui-se de dois pavimentos, sendo que um é subsolo.
Para a construção da cúpula, foi desenvolvido estudo detalhado para a fabricação das formas e do cimbramento, buscando a definição do método executivo mais apropriado, que fosse vantajoso tanto no prazo como no preço. Assim, a cúpula foi composta de anéis com fôrmas de madeira, em segmentos de 30° a 60°, formado em conjunto com o cimbramento metálico. Esse conjunto forma-cimbramento, deslocado por meio de rodas, era reaproveitado para cada segmento do mesmo anel. Essa solução foi adotada desde o início da execução da cúpula até o último anel. Neste último anel, que constituiu o fechamento da cúpula, optou-se por cimbrá-lo de uma só vez.

Um elemento fundamental no projeto são as rampas em concreto. A rampa 1, de acesso principal ao pavimento de exposições, tem comprimento de 55,90 m, sendo protendida. A rampa 2 também dá acesso ao pavimento de exposições, mas é que dá acesso à entrada de serviços é curva. As rampas 3 e 4 ligam o pavimento de exposições ao mezanino, sendo a rampa 3 uma estrutura curva em concreto protendido, em balanço na casca externa. A rampa 4 é interna e foi feita com forma curva. Com exceção da rampa 1, todas foram executadas com formas curvas e escoramento metálico.

Expominas

O Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas) foi um dos empreendimentos de maior envergadura concluído neste ano pela Via Engenharia, sendo o Departamento Estadual de Obras Públicas (DEOP/MG) o responsável técnico pela execução e acompanhamento das obras. Com capacidade para 45 mil pessoas por dia, a área tem 72 mil m² de área, distribuídas em três pavilhões contínuos com 17.310 m² e um pavilhão multiuso de 5.160m². O estacionamento tem capacidade para 2.045 veículos.

O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Gustavo Penna, sendo o primeiro centro de exposições interligado a uma estação de metrô, além de ser equipado com ar condicionado em todos os ambientes e sistema de proteção acústica. São três grandes espaços que podem abrigar eventos simultâneos e de diferentes portes: Pavilhão de Exposições (3), Pavilhão Multiuso e Anexo e Hall Nobre.

Fonte: Estadão