Relatório do Instituto de PesquisasTecnológicas entregue à Prefeitura de São Paulo aponta 29 mil famílias morando em pontos onde o solo pode deslizar e provocar tragédias. São 420 mil pessoas arriscando a vida no período de chuvas

No estudo encomendado pela prefeitura, o IPT aponta que em toda a cidade 105 mil moradias foram erguidas em 407 áreas de risco de 26 subprefeituras. Cerca de 420 mil pessoas vivem nesses locais. Apenas a subprefeituras da Sé, Pinheiros, Vila Mariana, Santo Amaro e Mooca estão de fora.
A maior parte das áreas de risco estão na zona sul-176, seguida da zona norte- 176. Depois vem a zona leste -100 e a oeste com 26.
A administração municipal disse que fará um mutirão para erradicar as moradias em locais de risco muito alto, onde o solo já apresenta trincas e as paredes das casas mostram rachaduras. O prefeito informou que vai usar até a Justiça e a Polícia Militar para retirar os moradores que se negam a sair. A promessa para este ano é investir R$ 100 milhões (incluindo verdas do PAC-2) para realizar 110 intervenções. Entre elas: integração de programas de urbanização, sistemas de monitoramento e alertas em áreas prioritárias. O prefeito Gilberto Kassab disse que serão necessários 5 anos para resolver o problema, segundo cálculos dele.

Descaso
O Ministério Público Estadual através da Promotoria de Habitação e Urbanismo ajuizou 28 ações, desde 2005, contra acordos não cumpridos pela prefeitura para solucionar problemas em áreas de risco.

Fonte: Estadão