ATKK Engenharia foi contratada, no início de 2007, para executar os serviços de construção da Unidade Tratamento de Gás de Refinaria (UTGR), nas instalações da Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos (SP), em uma área cedida pela Petrobras em regime de comodato à antiga Petroquímica União (atual Braskem). |
Segundo a empresa, foram três anos de intenso trabalho, desde a terraplanagem, em janeiro de 2007, até o startup da unidade, no início de 2010. No decorrer dessa obra, foram utilizados mais de 1,8 milhão de homens/h diretos, sem acidentes de trabalho com afastamento.
A unidade construída faz parte do projeto de ampliação da capacidade produtiva da Braskem, sendo responsável por receber e preparar o gás HLR (hidrocarboneto leve de refinaria) com baixo teor de H2S, abaixo de 10 ppm.
O HLR produzido pela Petrobras é utilizado como insumo básico pela Brasken, sendo enviado para ela com vazão variando entre 800.000 m3/dia e 1.220.000 m3/dia, através de cerca de 100 km de dutos até a Refinaria de Capuava (Recap) e, posteriormente, até a petroquímica, localizada em Santo André (SP). Nessa planta, o material é recebido na Unidade de Processamento de Gás de Refinaria (UPGR) e utilizado para a fabricação dos principais produtos da petroquímica.
Espaço confinado
Como o espaço para a construção da unidade era limitado e ficava entre outros empreendimentos de modernização da Revap, o projeto teve que ser verticalizado, o que resultou em muitas interferências que tiveram de ser superadas durante cada etapa da montagem da obra.
O grande desafio, entretanto, surgiu no início de 2010, quando a unidade entrou no processo de partida e operação assistida. “Como a UTGR estava muito próxima de outras unidades ainda em construção, com uma movimentação diária muito grande de pessoas e equipamentos, todo o processo de startup e operação assistida teve que ser rigorosamente planejado, exigindo cuidados redobrados e muita sintonia entre a fiscalização da Petrobras/IERV, a fiscalização da Braskem e toda nossa força de trabalho”, afirma Ângelo Leão, diretor de obras da TKK.
Números da obra
Volume de concreto – 4.500 m3
Peso de tubulação – 380 t
Número de equipamentos montados – 35 unidades
Quantidade de cabos – 45.800 m
Número de instrumentos – 1.700 unidades
Peso de estrutura metálica – 93 t
Peso e comprimento da maior peça içada – 45 t e 38 m de comprimento
Capacidade do maior guindaste utilizado – 500 t
Quantidade aproximada de andaimes (pico da obra) – 80.000 m/mês
Principais fornecedores
Limpeza química e decapagem – Sermap e Decapametal
Estaqueamento – Verthz Fundações Especiais
Isolamento térmico – Isolenge
Testes de instrumentação – CSE
Comissionamento – CSI
Fabricação de tubulação – Tecnosolda
Tratamento térmico – Tecnotrat
Gamagrafia/ultrassom – Arctest
Guindastes – IV Transportes
Refeições – SHA Alimentos
Demanda resultou na criação de locadora própria de equipamentos
A TKK Engenharia, atenta à importância de se garantir o atendimento à intensa demanda por locação de equipamentos, tanto para as suas obras como para os empreendimentos do mercado em geral, criou a TKR Locação de Equipamentos.
A empresa nasceu, no final de 2009, para solucionar esse impasse comum ao mercado de construção e de montagem. Segundo Rodrigo Kifer Amorim, “as empresas que optam por ter seu próprio parque de equipamentos arcam, consequentemente, com os custos de imobilização e com desvio de atenção para o seu foco de atividade principal, que é a engenharia. Por outro lado, se escolhem terceirizar esse setor, sofrem com um desembolso contínuo de recursos sem poder contar com algo de concreto”.
Por isso, explica Kifer, “a solução foi criar uma empresa própria de locação de equipamentos, que atende, não só a TKK, mas também ao mercado em geral, e é focada na gestão de equipamentos, e não em obras”.
A TKR, a princípio, surgiu como um “centro de custos” integrado à estrutura empresarial da TKK. “O objetivo dessa precaução foi verificar se a iniciativa realmente tinha viabilidade para se sustentar como uma verdadeira empresa de locação de equipamentos. Monitoramos os resultados dessa novidade durante dois anos e, só então, decidimos pela abertura da empresa TKR”, destaca Kifer.
Hoje, essa empresa ganhou vida própria e, além da demanda da TKK, atende também ao mercado em geral, contando com um parque diversificado e próprio de quase mil equipamentos. Possui sua sede instalada em São José dos Campos (SP), uma filial em Itaboraí (RJ) e já tem outras em implantação.
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