A Usina Nuclear Angra 2 será desligada do Sistema Interligado Nacional (SIN) no primeiro minuto do próximo sábado (3) para reabastecimento de cerca de um terço do combustível. Serão substituídos 56 elementos combustíveis no núcleo do reator. De acordo com a Eletronuclear, a usina deverá voltar a funcionar no dia 30 de março.

A parada é programada e envolve a realização de outras atividades de manutenção e inspeção periódica que só podem ser efetuadas com a usina desligada. Segundo o superintendente da usina, Antonio Carlos Mazzaro, o montante de energia que deixará de ser produzido por Angra 2 será reposto por outras usinas geradoras e isso já foi comunicado ao sistema.

Serão executadas, no total, 4.100 tarefas, entre as quais o reabastecimento do núcleo do reator, troca dos selos das bombas do refrigerante do reator, manutenção preventiva da turbina e de várias bombas e válvulas, além de testes dos tubos dos geradores de vapor. Angra 2 deixará de gerar, no período da parada, cerca de 972 mil megawatts-hora (MWh) de energia.

Para auxiliar os técnicos da Eletronuclear nesse trabalho, foram contratadas empresas nacionais e estrangeiras. “Para essa parada, estamos contratando em torno de mil profissionais brasileiros, a maioria oriunda da região onde está localizada a usina. Mas temos também um pequeno grupo do estado de São Paulo. Teremos, ainda, aproximadamente 190 técnicos estrangeiros prestando serviço para Angra 2”, explicou o superintendente.

O custo da parada nas atividades de Angra 2 é estimado em R$ 65 milhões. A usina gerou 10.989.844 MWh de energia no ano passado, ocupando a décima posição na geração de energia entre as 435 usinas nucleares em operação no mundo, de acordo com a publicação norte americana Nucleonics Week, especializada em energia nuclear. Atualmente, Angra 2 supre cerca de 25% das necessidades energéticas do estado do Rio de Janeiro.